Festas caipiras movimentam lojas do setor

by Diário do Vale

Barra Mansa – Mesmo em um ano de dificuldades financeiras, alguns setores do comércio estão se sentindo privilegiados com a chegada das festas típicas de junho e julho. Seja no colégio do filho, na família e até mesmo na empresa onde trabalham, muitas pessoas acabam participando de alguma festa típica, contribuindo para o lucro nos negócios das lojas que alugam roupas caipiras, como também as que vendem produtos como doces, aviamentos, artigos para decoração e também os supermercados.

De acordo com o Sicomércio (Sindicato do Comércio Varejista) de Barra Mansa, as festas típicas, assim como em outros anos, também estão movimentando esses setores. “Os comerciantes devem aproveitar esse período para aquecer as vendas, investindo na decoração das lojas e exposição dos produtos”, ressaltou o presidente do Sicomércio de Barra Mansa, Alberto dos Santos Pinto. De acordo com o sindicato, é esperado um aumento nas vendas de, no mínimo, 5%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Em uma loja de doces e artigos de decoração de Barra Mansa, a procura por produtos para as festas juninas começou no final do mês de maio e se intensificou em junho. “O movimento neste período, em relação ao ano passado, está bem melhor”, informou o gerente da loja, Milton César Costa Soares, acrescentando que esta é a época de maior faturamento da loja, considerando o período longo de procura por esses produtos: “A venda de produtos típicos vai até agosto”.

Entre os doces, os mais vendidos neste período são: paçoca, pé de moleque, pé de moça e doce de abóbora. Já entre os enfeites, as bandeirinhas e guirlandas são os campeões de vendas. “Os chapéus, que estão entre os acessórios vendidos na loja, também são muito procurados. O infantil já não tem mais”, informou Milton, acrescentando que a loja deve repor alguns artigos para atender os clientes. Segundo ele, além das festas nos colégios, empresas e beneficentes, o tema festa junina e julina também é muito usados nos aniversários.

Nos supermercados, os produtos mais procurados são para preparar os deliciosos caldos, que não podem faltar nas festas típicas. Os ingredientes para canjiquinha, feijão amigo e caldo verde são os mais procurados. A venda de bebidas quentes, amendoim, canjica branca, salsichão e milho verde também são garantidas, nesse período. “Mesmo a situação estando difícil, para muitas famílias, elas acabam dando um jeitinho para comemorar as festas juninas. Muitas dividem as despesas, não aperta para ninguém e ainda mantemos nossas vendas”, comentou o gerente de um supermercado, Aurélio Magalhães de Oliveira.

Investindo na criatividade

De acordo com a gerente de uma loja de aviamentos e artigos, Kézia Mendes, este ano o que se tem observado são pessoas investindo na criatividade para compor, ou reaproveitar, a roupa caipira que vai utilizar durante as festas. E isso, segundo ele, acaba interferindo de forma positiva nas vendas da loja.

“Muitas pessoas pegam na internet os modelos que querem fazer e buscam artigos da loja como, laços, fitas e chapéus de palha para comporem o figuro”, ressaltou a gerente, ao acrescentar que as vendas também são influenciada por pessoas que alugam ou vendem roupas caipiras e também por quem utiliza o tema para comemorar festas de aniversário.

Segundo Kézia, o fator mais positivo das festas caipiras é que elas se estendem até o final de julho, prorrogando o período de aquecimento nas vendas. Esse ano, mesmo com a crise, a gerente garante que a loja que está conseguindo manter um equilíbrio, se comparado com o ano passado.“Em tempos de dificuldades, se mantermos as vendas no mesmo patamar,  do ano passado, já é algo positivo”, salientou

Festa de família

A professora Raquel da Silva Cruz, de 33 anos, está organizando para a família e amigos uma festa julina, que acontecerá em julho. De acordo com ela, o evento serve como exemplo de como uma festa, deste tipo, pode interferir no setor de economia. Além do sítio alugado, no valor de R$ 700 reais, também haverá o custo de R$ 700 com a banda que irá animar o “arraiá”. Todos os participantes devem ir vestidos à caráter, o que implica na compra ou aluguel das roupas, e a comida será dividida entre os participantes.

“Vai funcionar assim: casal paga R$ 50 reais, crianças acima de dez anos R$ 10,00 e quem está solteiro é R$ 25. Esse valor vai ser para pagar as despesas do local, banda, entre outras. Quem toma cerveja leva a própria bebida e, a comida, foi dividida por grupos. Ou seja, todos, de certa forma, terão que fazer um investimento, mas acaba não pesando tanto. Ano passado fizemos assim e deu super certo. Mesmo com a crise, devido ao sucesso do ano passado, esse ano teremos mais participantes. Prova disso é que fomos fomos obrigados a alugar um espaço maior”, explicou a professora.

 Em alta: Lojas de produtos típicos de festas juninas aumentam as vendas


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Conheça os santos homenageados nas festas juninas

*Santo Antônio

Um dos santos mais queridos no Brasil e em Portugal. Fernando de Bulhões nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195 e morreu em 13 de junho de 1231, em Pádua, na Itália. Foi quando mudou da ordem de Santo Agostinho para a ordem de São Francisco, em 1220, que Fernando passou a ser chamado de Antônio. Esse santo normalmente é representado carregando o menino Jesus em seus braços.

Santo Antônio é conhecido por ser casamenteiro. É a ele que moças solteiras recorrem para achar um noivo. E como o santo sofre! A imagem dele é colocada de cabeça para baixo pelas jovens, que dizem que só o colocam na posição normal se um namorado aparecer. Na madrugada do dia 13 são feitas várias simpatias com essa intenção. Mas Santo Antônio também é conhecido por ajudar-nos a encontrar objetos perdidos e por ser protetor dos soldados e dos comerciantes varejistas.

Ouça o radioteatro que conta a história do Santa Casamenteiro

*São João

Não é à toa que junho e festa junina são nomes em homenagem a esse santo. Conhecido por ser festeiro, São João nasceu em 24 de junho, com o nome de João Batista. Ele foi primo de Jesus Cristo e faleceu em 29 de agosto do ano de 31 depois de Cristo, na Palestina. Antes mesmo de Jesus, ele já pregava às margens do rio Jordão.

São João instituiu o batismo, pela prática da purificação, por meio da imersão das pessoas na água. Por isso, uma tradição muito comum é a lavagem do santo, que é feita por seu padrinho, pessoa que está pagando por alguma graça alcançada. O ritual acontece geralmente à meia-noite da véspera do dia 24.

Outra lenda muito comum é a de que São João adormece no dia do seu aniversário pois, se estivesse acordado, não resistiria aos festejos e desceria à Terra, podendo se queimar na fogueira. Esse é um dos motivos dos fogos de artifício, justamente para acordá-lo.

Radioteatro conta quais são as simpatias de São João

*São Pedro

Outro santo festejado em junho, no dia 29, é São Pedro, um homem de origem humilde, apóstolo de Cristo e fundador e primeiro Papa da Igreja Católica. Ele é considerado protetor dos pescadores e das viúvas. Segundo a tradição católica, depois de morrer, São Pedro foi nomeado chaveiro do céu, ou seja, para alguém entrar lá, o santo tem de abrir as portas. Também lhe é atribuída a responsabilidade de fazer chover. Por isso dizemos às crianças que quando está aquele aguaceiro, com trovão e tudo, é porque São Pedro está lavando o céu e mudando os móveis de lugar.

Como nasceu a tradição da fogueira da festa junina

Para os católicos, a fogueira é símbolo de um acordo entre as primas Maria e Isabel. Numa tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora (Maria) e aproveitou para contar-lhe que, em breve, iria nascer seu filho. Ele se chamaria João Batista. Nossa Senhora queria ficar informada sobre o nascimento e perguntou: – Como poderei saber do nascimento do garoto?

– Acenderei uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que Joãozinho nasceu. Mandarei, também, erguer um mastro, com uma boneca sobre ele.

A promessa foi cumprida e, um dia, Nossa Senhora viu uma fumacinha e depois umas chamas bem vermelhas. Dirigiu-se para a casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes da religião católica. Isso se deu no dia 24 de junho. Começou, assim, a ser festejado São João – com mastro, fogueira, foguetes, balões, danças, etc.

 

Por Roze Martins, com Agência Brasil

(Especial para o DIÁRIO DO VALE)

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