Firjan afirma na Alerj que quedas de energia reduzem competitividade da indústria

Por Paulo Moreira

Rio – As interrupções no fornecimento de energia, ainda que por segundos, podem causar grandes prejuízos para as indústrias fluminenses, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A informação foi dada durante live do Fórum de Desenvolvimento Estratégico da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e da Câmara Setorial de Energia, realizada nesta quinta-feira (24/09), que debateu os impactos da qualidade da energia elétrica para o desenvolvimento do estado.
— Os prejuízos chegam a milhares de reais, porque são perdas com realocação da mão de obra, remanejo de turno, descarte de matéria prima, algumas com prazo de utilização, fazendo com que produtos que já estão no final da linha de produção são perdidos. Além disso, há o processo para descarte dos produtos químicos, custos com gerador, entre outros — explicou a especialista em infraestrutura da Firjan, Tatiana Vieira.
A especialista frisou que os custos com as falhas elétricas são internalizados pelas empresas e os impactos refletem na capacidade do estado de competir com os concorrentes nacionais ou internacionais.
— Uma empresa do setor químico, em um fim de semana, teve 44 afundamentos momentâneos e 15 retornos de tensão. Teve que colocar gerador e gastou R$16 mil. Esses impactos se tornam um custo de produção. Além disso, o Rio de Janeiro tem uma das energias mais caras do país, 43% acima da média nacional, por causa de encargos e tributos” — afirmou Tatiana.
A presidente do Conselho Empresarial de Energia da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) Joisa Dutra, reforçou que os vetores de pressão de custo – encargos, tributos e perdas não-técnicas – prejudicam tanto o consumidor quanto a competitividade do Rio de Janeiro.
“O Governo do Estado e a sociedade fluminense têm uma responsabilidade de criar condições para que a gente ataque esses três vetores”, afirmou.
Joisa também comentou sobre a necessidade de estabelecer tarifas acessíveis para os diversos segmentos de consumidores. “Os planos de investimento que envolvam modernização e adoção de novas tecnologias que podem dar respostas a consumidores de diversos grupos já estão disponíveis. O que precisamos é instigar as companhias, para que elas digam como vão dar respostas que observem reação e comportamento do consumidor”, ressaltou.
A secretária-geral do Fórum da Alerj, Geiza Rocha ressaltou a importância de discutir a fiscalização da qualidade da energia elétrica: “Essa agenda precisa repercutir no Legislativo, para mostrar como isso tem impacto na vida de todos e para podermos ter um controle mais próximo da qualidade da energia que tem chegado ao consumidor.”

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2 Comentários

Luiz 25 de setembro de 2020, 09:06h - 09:06

Prejudica também o comércio. Aqui no Roma falta luz umas 3 a 4 vezes todos os dias. É uma vergonha essa LIGHT.
.

Realidade 24 de setembro de 2020, 20:51h - 20:51

Trabalhei em uma empresa que um pico de luz rompia os fios de aço de todas as máquinas…depois ficávamos mais de 5 horas trabalhando nas máquinas para colocar uma por uma pra funcionar era triste e bastante estressante. Este é só um exemplo do problema de picos de energia nas indústrias.

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