Maiores cidades da região perdem mais de 3,4 mil empregos em 2015

by Diário do Vale

barra mansa

Sul Fluminense –  O mercado de trabalho está mais disputado nas quatro maiores cidades da região: Angra dos Reis, Barra Mansa, Resende e Volta Redonda tinham, juntas, 176.102 empregos formais em janeiro, e esse número caiu, em primeiro de maio, para 172.655. A eliminação de 3.447 empregos equivale ao fechamento de uma indústria de grande porte.

O número de empregos nos quatro municípios caiu 1,96% nos quatro primeiros meses do ano.

Com isso, a relação entre o número de empregos formais e a população também caiu. No início do ano, a média dessas quatro cidades era de 23,17 empregos formais para cada 100 habitantes, e em primeiro de maio esse número passou para 22,7. A população considerada para esse cálculo é o dado mais recente do IBGE, que se refere a julho de 2014.

 Volta Redonda

A cidade com a maior população e o maior mercado de trabalho da região perdeu 1.496 empregos desde o início do ano. De 72.368 vagas formais, o município caiu para 70.872, numa redução de 2,07%. No início do ano, havia 27,59 empregos para cada 100 habitantes e, em primeiro de maio, essa proporção caiu para 27,02.

Entre os segmentos mais importantes do mercado de trabalho – indústria de transformação, serviços, comércio e construção civil – a maior redução absoluta foi no setor de Serviços, que demitiu 842 pessoas a mais do que contratou, diminuindo seu efetivo em 2,71%.

O Comércio – que registra 575 demissões a mais do que admissões, sendo o responsável pelo segundo maior corte de postos de trabalho, em números absolutos – teve uma redução proporcional maior, já que eliminou 3,40% de seus postos de trabalho.

A Construção Civil demitiu 289 pessoas a mais do que admitiu, ficando, em números absolutos, com um corte menor que os do Comércio e de Serviços, mas registra a maior redução percentual de efetivo, com queda de 5,51%.

A Indústria de Transformação registra 36 demissões a mais do que admissões, com redução percentual de 0,2% de seu efetivo.

 Angra dos Reis

Segunda cidade da região em população e também no número de postos formais de trabalho, Angra dos Reis teve 886 demissões a mais do que admissões nos quatro primeiros meses do ano, e reduziu seu mercado de trabalho em 2,27%. No início do ano, a cidade contava com 21,09 empregos formais para cada cem habitantes, e agora tem 20,61.

A pior situação em termos de mercado de trabalho no município é a registrada na Construção Civil, que demitiu 555 pessoas a mais do que admitiu, cortando 11,71% de seu efetivo.

A Indústria de Transformação registra um saldo negativo de 138 empregos e diminuiu seu efetivo em 1,3 por cento.

O Comércio tem saldo negativo de 179 empregos e redução de 2,32% no efetivo, enquanto o saldo do setor de Serviços é de -44, com redução percentual de 0,33%.

 Barra Mansa

A cidade foi a única, entre as quatro maiores da região, a registrar saldo positivo de empregos em abril, com 272 admissões a mais do que demissões, mas ainda acumula perdas nos quatro primeiros meses do ano, quando perdeu 151 postos de trabalho, o que corresponde a 0,46% do seu efetivo.

O setor de Serviços teve um papel importante das estatísticas do mercado de trabalho do município: foram 241 admissões a mais do que demissões, o que ampliou o efetivo do setor em 1,55%.

A Construção Civil foi, dos quatro grandes setores, a que teve o pior desempenho: 73 demissões a mais do que admissões, e uma redução de 4,92% no efetivo.

O Comércio reduziu seu efetivo em 1,26%, com 11 demissões a mais do que admissões, enquanto a Indústria cortou 12 postos de trabalho, o que corresponde a 0,2% de seu efetivo.

 Resende

Com 914 demissões a mais do que admissões, a cidade das Agulhas Negras teve a maior redução percentual em seu mercado de trabalho, que encolheu 2,84% nos quatro primeiros meses do ano.

Com uma grande quantidade de empregos no setor automotivo, que atravessa uma fase difícil, a Indústria de Transformação de Resende demitiu 555 pessoas a mais do que admitiu e seu efetivo encolheu 5%.

A Construção Civil fechou 56 postos de trabalho e reduziu seu efetivo em 4,6%. O Comércio eliminou 400 empregos e reduziu o número de vagas em 4,63%, enquanto o setor de Serviços fez 90 demissões a mais do que admissões e diminuiu o número de postos de trabalho em 0,63%.

Caged nacional tem o pior resultado para abril desde 2003

O mês de abril registrou redução de 97.828 postos de trabalho com carteira assinada. O número representa uma queda de 0,24% com relação ao mês anterior. Esse foi o menor número registrado no mês de abril desde 2003. No período, ocorreram 1.527.681 admissões e 1.625.509 desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado em 22 de maio pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Na série ajustada, que faz a inclusão de informações declaradas fora do prazo, o acumulado do ano teve uma redução de 0,33% o que representa um decréscimo de mais de 137 mil postos de trabalho. Entre os setores que registraram as maiores perdas estão a construção civil, com redução de 0,77%, a indústria de transformação (- 0,65%), o comércio (-0,22%) e de serviços (-0,04%).As maiores reduções de vagas de empregos no mês de abril foram registradas nos estados de Pernambuco (perda de 20.154 vagas) e Alagoas (13.269 postos de trabalho a menos), de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a queda nesses estados foi puxada pelo setor de produtos alimentícios em atividades ligadas ao ramo de fabricação de açúcar em estado bruto.

Depois de Pernambuco e Alagoas, vem o Rio de Janeiro, com queda de 12.599 vagas, resultante dos setores de serviços e indústria de transformação. Em São Paulo, que teve redução de 11.076 postos, o decréscimo foi puxado pelo comércio.

Os estados que elevaram o número de empregos formais foram Goiás, com aumento de 2.285 postos, seguido do Distrito Federal (1.053), Piauí (612), de Mato Grosso do Sul (369) e do Acre (95).

De acordo com os dados do Caged, o mês de abril registrou redução de 97.828 postos de trabalho com carteira assinada em todo o país. O número representa uma queda de 0,24% com relação ao mês anterior. No período, ocorreram 1.527.681 admissões e 1.625.509 desligamentos. Nos últimos 12 meses a redução de postos de trabalho chega a 0,64% e no acumulado do ano, a 0,33%, o que representa 137.004 postos a menos.

“A nossa expectativa é que, até o mês de junho, possamos retornar o processo de geração de novos postos de trabalho. A economia brasileira atingiu um desenvolvimento de tal monta que ela está aí, vigorosa. Esse momento nos preocupa e o governo, pelas medidas que toma, vai retomar esse processo”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, durante a divulgação dos dados em Florianópolis.

Em relação ao que pode ter causado a queda no mês de abril, a maior registrada entre 2003 e 2015 para o período, o ministro disse que o país passa por um momento de crise política em que há um discurso radical no sentido de criar uma situação adversa. “Isso causa efeitos na economia. Pessoas deixam de adquirir um bem de consumo, um carro, um apartamento ou um empresário deixa empreender, e isso, claro, prejudica o desenvolvimento da economia”. O ministro ressaltou a criação de empregos, assim como o aumento do salário mínimo gerando renda familiar, mas lembrou que o período de estagnação reduz o poder de compra. “Isso tudo cria uma certa apreensão, mas que será superada na medida em que a população entender que não há nenhum risco de que o Brasil venha a regredir.”

Segundo o ministério, a redução de vagas nas nove áreas metropolitanas foi 0,38%. Em números absolutos, isso representa uma perda de 63.307 empregos formais. Na análise das regiões, o Centro-Oeste, gerou 421 postos. O Nordeste foi a região que registrou a maior queda, com 44.477 postos a menos.

Na análise dos setores, a queda no número de emprego na indústria de transformação foi resultado da diminuição de vagas em dez dos 12 segmentos que integram a área. O setor teve a maior queda em números absolutos, com redução de 53.850 postos de trabalho formais, o que representa uma redução de 0,65% com relação ao mês anterior. As indústrias de produtos alimentícios, mecânica, de material de transporte e metalúrgica foram as que registraram números negativos. No setor de serviços, as principais reduções foram registradas nos ramos de serviços de comércio e administração de imóveis, serviços de alojamento e alimentação e instituições financeiras.

Dos oito setores analisados pelo ministério, a agricultura foi o que registrou expansão no número de empregos com carteira assinada. Foram mais de 8,4 mil postos registrados o que representa um aumento de 0,55%. O crescimento, segundo o Caged, ocorreu em função do bom desempenho de atividades ligadas ao cultivo de café, assim como das atividades de apoio à agricultura e de cultivo da cana-de-açúcar.

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7 comments

Pietro 8 de junho de 2015, 12:49h - 12:49

Barra Mansa com saldo positivo de 150 empregos não quer dizer muito. Na verdade, não quer dizer quase nada, visto tratar-se de uma cidade-dormitório, com a maioria da mão de obra alocada em cidades mais importantes, como Resende e Volta Redonda, principalmente…

Al Fatah 7 de junho de 2015, 23:16h - 23:16

Os números mostram que a região perdeu bem mais do que o país como um todo, a crise bateu com força no mercado de trabalho do Sul Fluminense… Barra Mansa perdeu menos postos que as outras três cidades exatamente porque é a que possui a economia mais apoiada em pequenas e médias empresas. Cresceu menos na época das vacas gordas e por isso tem menos a perder agora…

Aliás, com todo o respeito ao povo barra-mansense, não fosse pela imagem dos morros ao fundo eu diria que a foto que ilustra a matéria é de uma cidade da Baixada. Barra Mansa precisa de um banho de urbanismo…

ÊTA POVINHO 7 de junho de 2015, 20:50h - 20:50

Eu já tinha previsto isso lá em meados de 2012. na verdade esperava até mais.

Na época em plena crise financeira (começada nos EUA, diga-se de passagem) a Dilma forçou a baixa da SELIC para ganhar as prefeituras e mostrar ao mundo a sua eficiência (sic) num momento que devia ELEVAR ÀS NUVENS os juros para forçar o POVINHO a economizar para poderem gastar agora, movendo a economia.

Fora petistas e simpatizantes dos bandeiras vermelhas! Fora comunistas! Vão para Cuba China Coréia do Norte e outros países comunistas e nos deixem em paz, deixem o MEU BRasil em paz.

Manoel 7 de junho de 2015, 19:42h - 19:42

Quem perdeu o emprego, vá na sede do PT de sua cidade e proteste.
Vá tambem nas prefeituras de suas cidades, pois todos apoiaram o PT .
Idem ao Governo do Estado.

PLATÃO, O FILÓSOFO 7 de junho de 2015, 19:04h - 19:04

O país está literalmente no fundo do poço e, o que é pior, sem perspectiva a curto prazo de melhoria econômcia. Um verdadeiro absurdo, já que o Brasil tem a maior carga tributária do planeta. Consegue imaginar o que significa isso em termos de impostos que o governo tem à sua disposição? Mas ainda assim, não conseguimos ter Educação, saúde, segurança, justiça, segurança, etc. Não temos absolutamente nada enquanto cidadão. Isso porque somos um país de incompetentes. Falta competência para administrar este pais. Dinheiro é que nunca faltou por aqui. Falta sim, é competência.

ÊTA POVINHO 7 de junho de 2015, 20:58h - 20:58

Me deixe fora disso! Eu votei no Lula SOMENTE no primeiro governo porque os eleitores não me deram outra alternativa para renovar contra os capitalistas do PSDB, DEM, entre outros entregadores da nação aos americanos. Depois percebi que o que estava em jogo era tornar este país um país de bandeiras vermelhas. Sinceramente, eu não sei qual é o pior.

marcelo bretas 8 de junho de 2015, 13:55h - 13:55

O debate se faz com dados. Diz que o país está no fundo do poço e ao mesmo tempo fala que a curto prazo não há solução. Ora Grécia está no fundo do poço e só existe saída a longo prazo. Compare a situação do país com a Europa ( em termos de economia e emprego) e verá a verdadeira crise. Faça uma avaliação sem partidarismo. O mundo está em crise em maior ou menor escala. O país não ficaria ileso a isso. Sobre educação,saúde segurança reparta com um monte de governadores e prefeitos incompetentes a situação atual. Mas esperar o que de alguém que se esconde atrás do anonimato.

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