Médica alerta para riscos de coceira na pele

by Diário do Vale

Volta Redonda – Coçar ou não a pele após uma picada de mosquito, como o pernilongo, por exemplo, comum no verão? Esta pergunta é feita pela maioria pessoas que sofre com o incômodo provocado por este inseto que invade as casas com a chegada do calor. A médica dermatologista Cinthia Diniz da Costa Almeida, responde a pergunta alertando que a coceira é comum, mas deve ser evitada para que não ocorra infecção da pele.

A dermatologista explica que ao reagir à coceira sem higienizar as mãos, isso pode provocar infecção ou inflamação do local lesionado, devido a picada do inseto. Outro fator a ser observado é o tempo de duração da coceira que não deve ser prolongado. Caso o incômodo permaneça por vários dias, a dica é procurar um médico.

A dermatologista faz outro alerta: o ato de coçar até provocar um machucado é uma reação instintiva do organismo, que envia mensagem ao cérebro alertando sobre a lesão e, consequentemente, pelo fim da coceira. “As pessoas vão coçando até sangrar o local da picada do inseto, daí quando este local está bastante lesionado, o cérebro passa a enviar a mensagem de dor e não mais da coceira”, ressaltou a dermatologista, alertando para que as pessoas fiquem atentas a este estímulo.

Os alérgicos merecem atenção especial nesta época do ano. A dermatologista lembra que a picada de qualquer inseto, ainda que seja apenas do pernilongo, pode desencadear uma reação alérgica em alguns indivíduos, que se perceberem a formação de erupções em diversas partes do corpo, ou qualquer outra reação atípica, devem procurar ajuda médica bem rápido. Outro bom motivo para não coçar é evitar cicatrizes ou manchas na pele.

– Coçando até provocar um machucado, além de ferir, pode infeccionar o local, dificultando a cicatrização ou deixando marcas na pele – completou a médica.

Diferenças

Apesar da presença constante dos mosquitos no verão, algumas pessoas sequer percebem estes insetos e, passam o período do calor, praticamente imunes a presença dos mosquitos. Um dos motivos, segundo a médica, pode ser a imunidade de cada indivíduo. Àqueles mais saudáveis com boa alimentação e pele hidratada geralmente não são atrativos aos insetos, principalmente os pernilongos ou os borrachudos, comuns nas proximidades de matas.

Ainda sem comprovação científica, a médica lembra que alguns grupos do setor da saúde, acreditam que o cheiro exalado por cada indivíduo, também pode ser um dos fatores determinantes para atrair ou não os insetos. A utilização de vitaminas também não tem comprovação científica como um dos fatores que pode auxiliar como repelentes aos insetos.

Aliás, a utilização de repelentes é o melhor caminho para aqueles que desejam ficar livres dos mosquitos durante o verão, principalmente, dos pernilongos. Outra dica é manter a casa arejada durante o dia, fechando as janelas ao entardecer, período em que os insetos entram e se alojam em cantinhos escuros. Se o ambiente for climatizado e o ar mantiver o espaço bem fresco, provavelmente, não haverá insetos. A utilização de roupas claras e compridas agrega a lista de proteção contra os insetos.

Outro item importante é o repelente, cuja utilização correta deve seguir esta ordem: primeiro a pele deve receber hidratante e, somente depois, o repelente. No entanto, para aqueles que vão à praia a dica é: repelente e depois protetor solar.

Cuidados: Mãos devem estar devidamente limpas para não causarem problemas na pele, segundo dermatologista (Foto: Paulo Dimas)

Cuidados: Mãos devem estar devidamente limpas para não causarem problemas na pele, segundo dermatologista (Foto: Paulo Dimas)

O que provoca a coceira

Pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz revela que a saliva dos insetos é composta por um coquetel de proteínas que facilitam a absorção do sangue, mas acabam provocando reações alérgicas em contato com a pele das pessoas. Outro fator é a diferença entre os insetos comuns no verão, como o pernilongo e borrachudo. No caso do pernilongo, ele usa o bico como espécie de agulha para chegar ao sangue. Já o borrachudo que, por ter o bico mais curto, acaba rasgando a pele, facilitando neste caso, as inflamações.

 

 

Por Lilian Silva, com Agência Brasil

(Especial para o DIÁRIO DO VALE)

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