Morre o maratonista de Volta Redonda Luiz Antônio dos Santos

by Diário do Vale

O Atleta faleceu na manhã de sábado, dia 6, enquanto assistia televisão em sua casa – Foto: Tião Moreira.

Volta Redonda- A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) lamenta informar o falecimento do “maratonista de aço”, Luiz Antônio dos Santos, aos 57 anos.  Natural de Volta Redonda, o atleta foi bi na maratona de Chicago 93/94 e medalha de bronze no Mundial de Gotemburgo-1995, na Suécia, além de outras participações com bons resultados em competições nacionais e internacionais.

Agente de vários atletas estrangeiros, principalmente da África e gestor da equipe LUASA Sports, que leva as siglas de seu nome, Luiz Antônio faleceu em Taubaté, no Vale do Paraíba (SP), na manhã de sábado, dia 6, enquanto assistia televisão em sua casa.

O Atleta teve uma parada cardíaca e foi levado para uma UPA de Taubaté, mas já chegou em óbito. Os familiares ainda não decidiram detalhes do velório, mas já manifestaram o desejo de enterrá-lo na cidade de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, onde nasceu no dia 6 de abril de 1964. Recentemente, ele havia sofrido um leve AVC.

Luiz Antônio começou a treinar na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e era um frequentador assíduo das competições oficiais da CBAt, quando não estava no Quênia, como dirigente da LUASA, um projeto de sucesso no Vale do Paraíba. Ganhou bronze na maratona do Mundial de Gotemburgo-1995 e por equipes na Copa do Mundo de Maratona de Atenas-1997.

O atleta de Volta Redonda entrou para a elite do fundo ao conquistar o bicampeonato da Maratona de Chicago, em 1993 e 1994. Ao optar por uma prova rápida em 1995, a Maratona de Boston, também nos Estados Unidos, ficou em terceiro lugar com o tempo de 2:11:02 e entrou para o seleto grupo de sul-americanos a correr a distância em menos de 2h12.

Convocado a defender o Brasil no Mundial de Gotemburgo-1995, na Suécia, Luiz Antônio ganhou a medalha de bronze, no dia 12 de agosto, com 2:12:49. No mesmo ano de 1995, quando chegou à maturidade – 32 anos – venceu a 1ª Maratona de São Paulo (capa da revista Contra-Relógio) e bateu o recorde sul-americano de 2:09:55 pertencente a Osmiro Silva, desde 1991. Ganhou também a Maratona de Fukuoka, no Japão, com 2:09:30.

Apesar dos bons resultados, Luiz Antônio sofria os efeitos da leucopenia, que provocava baixa imunidade e doenças oportunistas. Também disputou os Jogos Olímpicos de Atlanta-1996, nos Estados Unidos – foi 10º, com 2:15.55, até então a melhor colocação do Brasil na maratona numa Olimpíada.

Disputou mais um Mundial e ficou com a quinta colocação em Atenas-1997, na Grécia, com 2:15:31. Na Copa do Mundo de Maratona, pela primeira vez disputada simultaneamente com o Mundial, seu quinto lugar ajudou o Brasil a conquistar, junto com Vanderlei Cordeiro de Lima e Osmiro de Souza Silva, a medalha de bronze por equipes.

Em 1999, voltou a ganhar visibilidade ao vencer a Meia-Maratona do Rio de Janeiro.

O seu recorde pessoal veio na Maratona de Roterdã-1997, na Holanda, com 2:08:55. Fez marcas boas no Brasil e no exterior sob forte calor e clima ameno, em competições tradicionais. Suas melhores marcas são: 14:25.68 nos 5.000 m (15/05/1999), em São Paulo, 28:37.44 nos 10.000 m (17/05/1996), no Rio de Janeiro, 29:48 nos 10 km (25/05/1997), em Santos, 43:54 nos 15 Km (26/02/1994), em Tampa/EUA, 1:02:28 na meia maratona (24/09/1004), em Oslo.

Após encerrar a carreira, em 2005, Luiz Antônio estudou para se tornar treinador e criou a LUASA. Além de trabalhar com atletas em todas as categorias, a equipe mantém um intercâmbio com fundistas africanos, especialmente do Quênia, que vêm ao Brasil para treinar e disputar corridas de rua.

Luiz Antônio era casado com a também ex-corredora de elite Maria Justina Santos, e o filho do casal, Maxwel, já vem conseguindo grandes resultados no atletismo.

Fonte: Revista Contra-Relógio*

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4 comments

Naturalista 10 de novembro de 2021, 18:18h - 18:18

Conheci o Luiz Antônio. Era uma excelente pessoa. Essa morte súbita reforça minha percepção de que corrida não é uma atividade natural do ser humano. A quantidade de atletas que morrem ainda novos é muito grande.

Joaquim 8 de novembro de 2021, 11:44h - 11:44

Excelente profissional, melhor corredor da história da nossa região. Vai com Deus.

Alexsander 7 de novembro de 2021, 20:02h - 20:02

Parabéns ao DV por noticiar e sempre prestigiar os nascidos em Volta Redonda!

Alguém 7 de novembro de 2021, 17:22h - 17:22

Conheço algumas pessoas que morreram assim, meses após o covid, pois o covid deu sequela no coração.

Se você teve covid, faz uma consulta com cardiologista, miocardite é uma doença silenciosa.

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