Volta Redonda – Sem fins lucrativos, a Sociedade Protetora dos Animais (SPA-VR) existe há 20 anos e abriga aproximadamente 120 animais. A entidade é devidamente registrada e tem como metas combater maus tratos, fazer trabalhos de conscientização, orientar, prover abrigo temporário, tratar, esterilizar e doar animais abandonados. A SPA-VR já ajudou mais de 10.000 animais entre socorridos, doados e castrados e conta apenas com doações e com arrecadações de eventos realizados por conta própria. As despesas abrangem a compra de ração, medicamentos, materiais cirúrgicos, pagamento de funcionários e manutenção da sede.
A SPA-VR conta com um pequeno número de voluntários fixos, os quais auxiliam no trato dos animais (dar banho, cortar unhas, medicar, alimentar, limpar o canil), e um número maior de voluntários nos eventos, principalmente na feira de adoções. Veterinários também fazem um trabalho voluntário à sociedade.
Abigayl Souza, designer gráfica, é voluntária e ressalta a importância da campanha. Ela acredita que o trabalho da ONG é de suma importância. Para ela, as pessoas deveriam tirar um tempo do seu dia para visitar, brincar e até adotar.
– ’Sobrevivência e esperança. Animais domésticos como cachorro e gato principalmente, sentem mais o abandono. Sem contar a fome, frio e essas coisas que todo mundo sabe. As pessoas precisam se conscientizar que abrigo de animais não é um lar. Eles precisam de uma família para serem felizes. O abrigo serve para pura sobrevivência – disse
O principal trabalho da SPA hoje é o resgate e a reabilitação para disponibilização dos animais para adoção. Sendo a única ONG de Volta Redonda com abrigo para animais. A ONG conta com um projeto de castração a um preço totalmente acessível voltado a população carente. A SPA faz parte do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal de Volta Redonda, onde atua junto ao poder público, discutindo políticas públicas voltadas aos animais.
Igor Reis, diretor da ONG, preocupado com a realidade que a entidade enfrenta, ressalta que eles não recebem nenhuma verba ou ajuda do governo. “Lembrar as pessoas que abrigo não é lar e que todo animal merece um lar. As pessoas devem se livrar desse preconceito com os vira latas e ajudar aos animais que de fato precisam. Quando você adota um animal de um protetor ou de um abrigo você ajuda dois animais: o que vai para sua casa e o que entra na vaga dele. Quando você compra, você fomenta um mercado triste e cruel e colabora para essa triste exploração”, disse.