Sul Fluminense
Um balanço feito pelo comando do 28º Batalhão da Polícia Militar, que cobre os municípios de Volta Redonda, Barra Mansa e Pinheiral, demonstra o quanto a polícia tem se empenhado no serviço de apreensão de armas, nesses municípios. Somente em janeiro e fevereiro, deste ano, foram apreendidas 31 armas, além de três réplicas que, embora não tenham poder lesivo, podem ser utilizadas para prática de crimes como o assalto, por exemplo. Já em março, somente na primeira quinzena, oito armas e três réplicas foram retiradas de circulação.
De acordo com o comandante do 28º Batalhão, tenente-coronel Luiz Cláudio dos Santos Régis, foi realizado um estudo pelo setor de inteligência, que possibilitou a intensificação do trabalho ostensivo da polícia em determinadas áreas da cidade, onde havia maior incidência criminal, o que refletiu de forma positiva nas apreensões.
Segundo o tenente-coronel, o modelo campeão de apreensões é o revólver calibre 38, uma arma de poder lesivo, de menor custo e que pode ser comprada com mais facilidade no mercado ilegal, seguido por modelos de pistolas de diversos calibres.
– Nossos policias estão muito focados nesse trabalho e o nosso objetivo principal é a prevenção de crimes violentos como o homicídio, a tentativa de homicídio e as lesões corporais que em grande parte dos casos, são cometidos com armas de fogo. No caso de assaltos, a presença de uma arma de fogo também pode terminar com morte, caso a vítima venha a reagir, fazendo com que pague com seu bem maior, que é a vida – disse.
Há, porém, a possibilidade dos criminosos tentarem enganar suas vítimas, usando artefatos que simulam uma arma, os chamados “simulacros”. Mas o risco de violência sempre existe, como observa o militar.
– Às vezes o marginal finge estar armado, mas mesmo assim, sempre existe a preocupação com a vida da pessoa. Mas quando ele realmente está sob a posse de uma arma verdadeira, existe o grande risco da integridade da vítima – ressaltou o comandante.
Conforme explica Luís Cláudio, as apreensões de armas de fogo geralmente são seguidas de prisões, sendo a maioria delas reincidentes em crimes por roubo, homicídio ou tentativa, posse ilegal de arma e tráfico de drogas.
Outra informação curiosa, é que, quando estas apreensões ocorrem em áreas comerciais, as prisões costumam ser de pessoas já com passagens por roubo ou furto. Porém, se realizadas em áreas afastadas, o que caracteriza essas prisões são os crimes de tráfico e homicídio.
– Vamos permanecer priorizando as apreensões de armas de fogo, entendendo que o criminoso pode até ter o objetivo de cometer o crime. No entanto, tenho certeza de que se houver a presença e a atuação constante e intensificada da polícia, ele ficará intimidado – comentou o tenente-coronel.
Apoio da população
Régis destaca a importância da participação da população através de denúncias anônimas que podem ser feitas por meio do telefone 0800-026-0667, e valoriza a parceria.
– É uma parceria que dá certo e ajuda muito a polícia a combater a criminalidade. Podemos afirmar que 80% das nossas prisões tiveram sucesso após denúncias anônimas – ressaltou o comandante acrescentando que a ampliação e a intensificação das abordagens em áreas consideradas de maior risco, no caso das apreensões de armas, têm contribuído de forma positiva com o trabalho da polícia e a consequente redução no número de armas na região.
Além do grande número de armas apreendidas que favorecem a redução da criminalidade na região, o comandante Régis observa o grande número de jovens detidos. Curiosamente, de acordo com o comandante, somente neste ano o 28º Batalhão efetuou um total de 221 prisões. Destas, 42 foram apreensões que consiste em casos envolvendo menores (dados fornecidos até o fechamento da edição).
Comente com Facebook
(O Diário do Vale não se responsabiliza pelos comentários postados via Facebook)