Projeto integra forças de segurança e população

by Diário do Vale

 

Bairros aderiram ao projeto que vai buscar expansão nos próximos meses (Foto: Divulgação)

Volta Redonda – O Conselho Comunitário de Segurança de Volta Redonda, em parceria com a polícia militar e membros da associação de moradores de alguns bairros da cidade, implantou o projeto “Rede de vizinhos agentes”. O objetivo é integrar população e forças de segurança, para reduzir efeitos da criminalidade. O projeto já existe em outros estados e foi iniciado na região há aproximadamente dois meses. Mesmo ainda em caráter experimental, com apenas cinco bairros na lista, vem surtindo efeito. Atualmente, estão na lista a Morada da Colina, Jardim Normandia, Mirante do Vale, Village Santa Helena e Jardim Provence. Estes bairros foram escolhidos por serem bem próximos, mas a expectativa dos membros do Conselho é que em breve possa acontecer uma expansão da área abrangida.

Um grupo de WhatsApp foi criando pelo Conselho de Segurança de Volta Redonda para que moradores, policiais, funcionários do Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública) e do próprio Conselho interajam sobre diferentes temas envolvendo a segurança pública. Segundo o tenente do 28º BPM de Volta Redonda, Pedro Henrique Costa, o grupo de WhatsApp que foi criado e tem como participantes, membros das associações de moradores, polícia militar e membros do Conselho, não substitui as chamadas de emergência do 190 e não serve como atendimento prioritário à esses moradores, e sim, filtra as informações. “A Polícia Militar entende que não existe um atendimento prioritário entre os bairros. O bairro que é agraciado pelo projeto nos auxilia, filtrando as informações para que possamos atuar de maneira preventiva e pontual”, afirmou.

Segundo Priscila Monteiro, membro do Conselho, problemas envolvendo segurança pública é uma realidade. Ela reforça a importância do projeto. “Muito se espera das forças de segurança e, às vezes falta um comprometimento da comunidade. Este projeto traz para gente a comprovação de que uma sociedade, quando organizada, colhe bons frutos, de um modo que auxilia a segurança pública, porque diminui a demanda e permite que as forças policiais atuem em outros pontos que também precisam. Além da integração da comunidade entre si”, disse.

Priscila conta que houve resistência dos moradores em aderir ao programa no início. Segundo ela, os moradores ficaram preocupados pelo fato de, aparentemente, estarem ‘tomando conta’ dos passos dos vizinhos, mas que depois entenderam que era para um bem comum. “Existe uma integração entre a comunidade. Parece tabu, mas quanto mais eles tiverem mais conhecimento entre si, tirando essa ideia de que um está tomando conta da vida do outro, enquanto que na verdade, atitudes como esta, acabam gerando mais segurança”, contou.

Segundo Priscila, o projeto tem a proposta de tirar a população da zona de conforto. Ela reforça que todas as orientações são passadas por profissionais da área de segurança pública. “Antes da implementação do projeto, orientações de segurança são passadas aos moradores, que incluem: desde a mudança da rotina, aos pequenos detalhes no dia a dia”, disse.

O grande número de roubos e arrombamentos contra veículos e residências, além do combate ao tráfico de drogas, são os pilares do projeto. Rosane Soares Pereira, outra integrante do Conselho, afirmou que o grande objetivo do projeto é aproximar a comunidade da polícia militar. Ela ressalta que pela Constituição Federal, a segurança pública é dever do Estado, mas também é responsabilidade de todos. “O projeto visa que o cidadão saia do papel de vítima e comece a agir. Ajudar a polícia e também os vizinhos. A gente chega antes para que o fato não aconteça”, disse.

O Conselho fornece a logo do projeto e cada morador, com ajuda da associação de moradores, providencia as placas que sinalizam todos os órgãos comprometidos com o projeto. Cada morador que adere a campanha posiciona estas placas estrategicamente em sua residência. Segundo Rosane, em breve, sirenes serão instaladas nestas residências, a fim de reforçar as medidas de segurança. Com isso, quando atitudes suspeitas forem despertadas entre os moradores, os mesmos podem utilizar este recurso sonoro para avisar os vizinhos e afastar possíveis suspeitos. Segundo Rosane, quem estiver interessado em participar do projeto, pode entrar em contato através do telefone do Conselho Comunitário de Segurança de Volta Redonda: (24) 3339 2154.

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1 comment

O mito vem aí 11 de janeiro de 2019, 00:50h - 00:50

sim, esses bairros foram escolhidos por serem próximos mesmo sei, quer dizer então que o receio da população é de que não quer tomar conta da vida dos outros rsrsrs, se for esse o intuito do projeto o ideal era implantar no meu bairro onde a maioria toma conta da vida de cada um mas ninguém nunca vê quando algo de errado acontece rsrssr, e pra finalizar acredito que vai ajudar muito a coibir o trafico nos bairros citados, como se lá houvesse isso de trafico, mas não desmereço o projeto não só acho que está no lugar errado mas como povo de periferia não sabe lidar com essas novidades, é capaz de ficar ligando o dia todo pra passar trote ou dizer que o vizinho é muito suspeito e tá saindo com a outra vizinha escondido kkkkkk

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