Pesquisa aponta que muitos deles notaram uma piora no sono e na saúde

Os isolamentos trouxeram para muitos adolescentes alguns transtornos psicológicos – Foto: facebook.
Volta Redonda- As aulas remotas e o isolamento social afetaram os jovens que passam mais horas na frente das telas do computador e do celular, segundo pesquisa realizada pela Fiocruz em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou um quadro preocupante dos adolescentes durante a pandemia.
Na opinião da psicopedagoga Fátima Ribeiro Cardoso, os isolamentos trouxeram para muitos adolescentes alguns transtornos psicológicos devido à falta de rotina e interação social com seus pares e escola. O papel de socialização da escola é muito importante e a falta dessa socialização está fazendo muito mal a esses jovens.
Segundo Fátima, com a pandemia, o “convívio eletrônico” não é suficiente para que eles se sintam felizes. Falta a presença, as conversas e boas risadas tão características da fase da adolescência. Por isso alguns ficam desanimados, prostrados até.
– Tenho alguns relatos deles dizendo que todos os dias parecem iguais com a rotina das aulas online, no início foi novidade, depois se sentiram angustiados com a falta do convívio escolar. A chegada à escola, as aulas, o recreio, a saída, tudo faz falta, e os deixam angustiados – destacou Fátima.
A psicopedagoga observou neste período de pandemia que os alunos que não sentiram tanto com o isolamento, foram os que tiveram uma boa orientação familiar para que dividisse bem o tempo com boas leituras de livros, filmes, atribuição de tarefas domésticas, atividades físicas diárias, acompanhamento das aulas online e tarefas escolares.
“A compreensão entre os grupos familiares para enfrentarem os momentos de estresse e irritação entre eles está sendo fundamental para que os atritos não sejam tão recorrentes”, ressaltou.
A pesquisa realizada entre 27 de junho a 17 de setembro com 9.470 adolescentes em idades entre 12 a 17 anos apontou que muitos deles notaram uma piora no sono e na saúde em geral. O levantamento também revelou que eles estão passando mais horas na frente das telas do computador e do celular e menos tempo se exercitando, além de relatarem não compreender o conteúdo das aulas online.
A importância do diálogo
Para a psicopedagoga, as aulas online exigem dos jovens disciplinas, concentração e boa vontade para buscar mais sobre os conteúdos. Por isso é sempre muito valioso que alguém da família esteja aberto ao diálogo para lembrá-los que esse período vai passar e que é imprescindível avaliar as etapas de superação e o crescimento de todos, tanto no individual como no coletivo.
A psicopedagoga alerta para o fato de que o tempo excessivo que crianças e adolescentes permanecem conectados às mídias eletrônicas favorece o sedentarismo, a obesidade, distúrbios oculares, do sono e do comportamento, transtorno da autoestima, o que gera transtornos no seu desenvolvimento, ameaça à integridade física e emocional dos jovens. “Os pais precisam ser bem pontuais com as regras e muitas das vezes não podem acompanhar de perto o dia do seu filho, muitos ficam sozinhos em casa e se perdem só com jogos e a tv, sem dedicarem-se aos estudos”, destaca.
A superação
Segundo Fátima, com a pandemia, essas relações se limitaram às redes sociais, pegou os jovens, que se relacionam o tempo todo, impediu que eles saíssem em grupos. Isso os desorganizou emocionalmente e veio o aumento do transtorno da ansiedade e depressão, não só entre eles como uma boa parcela da sociedade.
– Acredito que a percepção da realidade mundial seja o ponto de partida para a superação. Várias gerações estão enfrentando juntas na pandemia. É o momento de significar as palavras: superação, resiliência, solidariedade coletiva, aprendizagem prática, ou seja, oportunidade de aprender com o que a vida trouxe para enfrentarmos juntos – alerta.
Hoje, com a nova realidade, muitos sonhos e projetos estão sendo repensados, alguns já deixados para trás, como festas de formatura, 15 anos, viagens, trabalho.
– Acredito que vivenciar a realidade sem criar grandes expectativas, ter calma na alma, experimentar um dia de cada vez, procurar pensar positivamente, buscar informações verdadeiras, praticar o autoconhecimento, ajudar o próximo, fazer algo útil para a família, conservar o bom humor, preservar os diálogos são atitudes que contribuem com toda certeza para o bem estar individual e coletivo e faz os dias serem melhores – concluiu Fátima.
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(O Diário do Vale não se responsabiliza pelos comentários postados via Facebook)
Essa geração tem celulares melhores que dos pais sem fazer esforço.
Tem festa de formatura , digna de faculdade, mas sem ter formado em nada, pois médio é nada.
Pra que vão lutar?
A pessoa para conseguir as coisas tem que batalhar!
Frustração faz parte da vida.
Note que uma pessoa pobre dificilmente tem depressão, pois trabalha, corre atrás e as pessoas que tem tudo de mão beijada vivem deprimidos.
Geração de muitos direitos , sem responsabilidades e nenhum dever , simples assim.
Geração mi-mi-mi.
Antes da pandemia só queriam ficar em redes sociais e deixavam de lado quem estava perto presencialmente.
Não queriam ir pra escola.
Esqueci, eles querem a escola para fazer social e não para estudar…
Na minha época de adolescência, arrumava a casa , fazia comida, estudava a noite, era dura e não ficava de mi-mi-mi.
Geração fraca, sem juízo e sem gana.
Salvo raríssimas exceções.
Quase te dei um trocado agora… fala de mimimi, mas faz mimimi também. Que lástima!
Pelo jeito envelheceu frustrado(a)
O cara fala de mi mi mi fazendo mi mi mi
Hahaha que comédia
Concordo com alguém.
Estudei trabalhei me formei.
Depois com condições viajei , passei e fiz e faço coisas que gosto.
Mas hoje essa geração nem, nem é assim não quer estudar , não quer trabalhar e depois a culpa é dos outros.
Estudem , pratiquem esportes e terão um futuro digno.
Observem a foto acima adolescentes sem proteção e aglomerados. Respeitem as regras e poderão se divertir, além de ajudar e proteger as pessoas que estão se portando corretamente.