Volta Redonda registra baixo índice de sífilis

by Diário do Vale
Cuidado e prevenção: Médico infectologista Eduardo Ulloa destacou a necessidade do uso de preservativos na relação sexual (Foto: Paulo Dimas)

Cuidado e prevenção: Médico infectologista Eduardo Ulloa destacou a necessidade do uso de preservativos na relação sexual
(Foto: Paulo Dimas)

Volta Redonda – Quase 230 mil novos casos de sífilis foram notificados no Brasil entre 2010 e 2016, segundo o Ministério da Saúde, que anunciou esta semana que o país esta vivendo uma epidemia da doença. Em 2015 foram notificados no Brasil 65.878 casos, a maioria no sudeste com 56,2%, pessoas de 20 a 39 anos foram contaminadas. Entretanto em Volta Redonda, segundo dados disponibilizados pela equipe epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, no primeiro semestre (janeiro a junho) deste ano foram seis casos confirmados de sífilis adquirida – primeira fase da doença-; em 2015, 39 casos e em 2014, 19.

A principal forma de transmissão da doença é por contato sexual e no caso de gestantes infectadas a doença pode passar para o bebê ocasionando à sífilis congênita, que pode levar ao aborto, cegueira, surdez, deficiência mental e malformação do feto.

Em Volta Redonda, este ano foram notificados 15 casos confirmados de sífilis congênita, em 2015, 13 e em 2014, apenas um caso.

Segundo o médico infectologista Eduardo Ulloa, responsável pela Vigilância Epidemiológica de Volta Redonda, a Secretaria de Saúde apesar dos baixos índices de notificações da doença não se sente confortável com os números, pois antes de 2014 não era obrigatória a notificação nos casos de sífilis adquirida. Porém o infectologista pontuou que o município está capacitado para o tratamento contínuo da doença.

– As notificações de sífilis adquirida não eram obrigatórias antes de 2014, a obrigatoriedade era apenas para sífilis congênita. Por isso acreditamos que possa existir mais infectados com a doença, porém a Secretaria de Saúde está capacitada para atender a população com acompanhamento e tratamento gratuito através de plano de enfrentamento da doença. Estamos abastecidos de penicilina na rede pública para disponibilizar aos infectados – disse, acrescentando que o município criou estratégias para melhor os atendimentos, capacitando os médicos e demais profissionais de saúde, além de ter aumentado o acesso ao teste rápido da doença investindo na tecnologia para os diagnósticos e resultados.

– Aumentamos o acesso ao teste rápido da doença, que é feito através de uma gota de sangue e o resultado sai em minutos. Possuímos um plano de desenvolvimento que qualifica os profissionais de saúde e investimos também nos diagnósticos e investigação da doença, além de disponibilizar o tratamento necessário, tanto para a sífilis adquirida e congênita e ainda para a sífilis na gestação – falou.

Ulloa destacou que a maior prevenção a sífilis é o uso do preservativo em todos os tipos de relação sexual. O teste rápido da doença é disponibilizado durante todo o ano nas unidades de saúde de Volta Redonda e no Centro de Doenças Infecciosas (CDI), no bairro Aterrado, que disponibiliza também testes de HIV e Hepatite.

– A principal forma de prevenção é o uso do preservativo nas relações sexuais. As pessoas, principalmente os jovens de 20 a 39 anos, que foram os mais infectados em 2015 no Brasil estão deixando de se prevenir durante o sexo e o uso da camisinha é fundamental para evitar a sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. Quem quiser fazer o teste rápido da doença tem de procurar a unidade de saúde mais próxima e se orientar, ou procurar o Centro de Doenças Infecciosas (CDI), na Rua Dionéia Faria, no bairro Aterrado. Lá é disponibilizado também outros testes rápidos como o de HIV e Hepatite – comentou.

A doença

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) e se manifesta em diferentes estágios. A causadora da enfermidade é a bactéria treponema pallidum. Inicialmente a sífilis surge com pequenas feridas na pele podendo evoluir, caso o infectado não busque tratamento, para complicações que levam a morte, afetando o sistema cardiovascular e neurológico. O tratamento da doença é feito como antibiótico, a penicilina benzatina.

 

Por Franciele Bueno

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