Barra Mansa – Um levantamento do Ministério da Saúde apontou 3.041 casos de leptospirose só no estado do Rio entre 2007 e 2019. A incidência da doença aumenta no verão, período de chuvas intensas. A bactéria lepstoria, pode estar presente na urina de animais como ratos, cães, bois, cavalos e porcos. O contágio acontece através do contato da pele lesionada com a água contaminada.
O médio hematologista João Carlos Henriques, diretor de uma rede de laboratório em Barra Mansa, ressalta a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença, que pode levar à morte. “A doença pode demorar de sete a quatorze dias para se manifestar após o contato com a água contaminada. Por isso, é preciso estar atento aos sintomas que são febre, dor de cabeça, dores musculares, falta de apetite, náuseas, vômito. No estágio mais avançado da doença, os sintomas podem ser graves como insuficiência renal e hemorragia”, destacou o médico.
A dona de casa Maria Aparecida de Souza, 58 anos, moradora do bairro Ponte Alta, em Volta Redonda, teve leptospirose em 2018, justamente no período do verão. “Descobri a doença após uma semana do contágio e os sintomas foram muito incômodos. Não sie exatamente como e onde fui contaminada. O tratamento levou cerca de dez dias, com uso de antibióticos e hidratação redobrada”, contou.
Diagnóstico
O exame para detectar a leptospirose acontece através da análise sanguínea. “A análise é realizada através da soroaglutinação microscópica, que é o método recomendado pela Organização Mundial da Saúde. O teste é considerado positivo quando a diluição sanguínea aglutinar 50% ou mais leptospiras, a bactéria responsável pela doença, que são detectadas por meio de microscópio”, explicou o hematologista João Carlos Henriques.
Prevenção
Trabalhadores como veterinários, garis, catadores de material reciclável, operários da limpeza e desentupimento de esgoto, pescadores, militares e bombeiros devem redobrar os cuidados para prevenir a doença. A principal dica é que contato com água de enchentes, lamas e poças seja evitado, utilizando galochas e luvas. Ainda não existe vacina para prevenir a doença, por isso, a recomendação é manter-se longe das águas da chuva.