Volta Redonda
O juiz da 1ª Vara Criminal de Volta Redonda, Ludovico Couto Colacino, vai presidir no dia 9 de dezembro, o julgamento de Alexandre Pançardes Junior, o “Xandinho”, de 20 anos. Ele é acusado de matar com um tiro no pescoço, em agosto de 2013, o caminhoneiro Marlon do Valle Garcia, de 22 anos. O crime foi em frente a uma boate no Jardim Amália, após o réu discutir com a vítima por motivo fútil.
Na época, o assassinato foi gravado pelo circuito de monitoramento de um prédio localizado próximo a boate. Marlon morava em Barra Mansa.
O crime revoltou parentes e amigos do caminhoneiro que saíram em carreata pelas ruas de Barra Mansa e Volta Redonda. Cerca de 800 pessoas – segundo cálculos da PM – em mais de 300 veículos se mobilizaram em frente à delegacia de Volta Redonda, onde reivindicaram justiça.
“Xandinho” responde por homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e por motivo torpe.
Relembre o caso
Marlon foi executado com um tiro no pescoço após uma discussão com “Xandinho” na saída de uma boate no Jardim Amália. O crime foi flagrado pelo circuito de monitoramento de um prédio e mostra quando Pançardes saca um revólver da cintura, vai até o carro onde Marlon está e discute com a vítima.
Marlon desce do carro, os dois continuam a discussão mesmo com o irmão de Marlon, Jaderson Luiz do Valle Garcia, tentando apaziguar a situação. Pançardes insistia que a vítima se ajoelhasse e pedisse perdão. Logo depois, “Xandinho” dispara um tiro que atinge o pescoço de Marlon, que não resistiu e morreu no local. O suspeito foge em um Fiat Palio.
De acordo com amigos de Marlon, a desavença entre ele e “Xandinho” teria começado em uma exposição agropecuária em Rio Claro, em maio. Na noite do crime, a vítima e “Xandinho” já teriam discutido dentro da boate.
O irmão de Marlon contou em depoimento que Pançardes mencionava a todo o momento a briga que eles tiveram em Rio Claro, quando os dois se confrontaram devido ao fato de “Xandinho” ter agredido outro irmão da vítima.