Câmbio pode ajudar CSN a vender ativos

by Paulo Moreira

Volta Redonda – A valorização recente do dólar representa um problema para a CSN, que tem uma grande parcela de sua dívida em moeda estrangeira, mas também traz benefícios para a empresa, ao tornar mais atraentes para compradores estrangeiros os ativos que o grupo está oferecendo, como forma de reduzir seu endividamento.
Um desses empreendimentos é o Tecon – terminal de contêineres que a Companhia tem no Porto de Itaguaí, que, segundo informações da imprensa especializada, estaria na mira de um grupo de investidores de fora do país e pode render R$ 1 bilhão.
A imprensa especializada avalia que a CSN precisa de algo entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões em vendas de ativos para recolocar seu endividamento nos trilhos. O bilhão do Tecon pode ser complementado por outras vendas de ativos, como as participações em duas hidrelétricas.
A capacidade de geração de caixa da CSN, que sempre ajudou a empresa a manter sua dívida em níveis administrados, está comprometida pela retração no volume e nos preços do minério de ferro no mercado externo e do aço, no mercado interno.
No segundo trimestre deste ano, a CSN registrou uma perda de R$ 615 milhões. Como a empresa havia registrado lucro de R$ 392 milhões no primeiro trimestre, o resultado acumulado dos primeiros seis meses de 2015 é negativo em R$ 223 milhões. Os números se referem ao balanço consolidado da Companhia, que inclui todos os resultados das empresas do grupo.
O InfoMoney, um site especializado em economia e negócios, avaliou que não só os ativos da CSN, mas outros bens de empresas nacionais estão “baratos” para os estrangeiros, que só não estariam vindo com mais sede ao pote da economia brasileira por causa da instabilidade política. A crise econômica, por si só, não seria um obstáculo, já que seu custo já estaria estimado: ao contrário, ela estaria aguçando o interesse dos investidores, que podem lucrar muito quando a situação melhorar.
O dólar alto também ajuda a empresa a conseguir mais reais pelo minério de ferro que exporta, mas esse benefício é ameaçado pela redução no ritmo de crescimento da China, principal destino do produto. Os orientais estão reduzindo suas compras não por causa do preço, que sofreu fortes quedas em dólar nos últimos anos, mas porque a demanda por aço da segunda maior economia do mundo está bem menos acentuada.

Bolsa

Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações da CSN fecharam o pregão presencial desta terça-feira (10) em alta de 2,77% cotadas a R$ 5,20. Foram feitos 8.026 negócios com os papéis da empresa.

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