CEOs do aço defendem siderurgia nacional

by Diário do Vale
Steinbruch mostrou otimismo em seminário (Foto: Arquivo)

Steinbruch mostrou otimismo em seminário (Foto: Arquivo)


São Paulo – 
“Todas as maiores economias do mundo são importantes produtoras de aço. As que não são, se arrependem disso”. Foi com essa mensagem principal que o economista e ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto encerrou o último dia de debates do 27º Congresso Brasileiro do Aço, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, nesta quinta-feira. Em seguida, o ex-ministro emendou:

“Portanto, dar condições para que o setor siderúrgico brasileiro volte a investir para crescer é uma decisão política, que precisa estar vinculada à necessidade de autonomia do país”.
Um dos principais conferencistas convidados, Delfim esteve ao lado dos CEOs do setor numa tentativa de apontar quais caminhos precisam ser tomados em relação ao mercado mundial, práticas de gestão interna e, sobretudo, expectativas em relação ao Governo Federal.

Houve consenso nas principais e mais urgentes medidas; também em linha com os temas que permearam os dois dias de encontro do setor. Para Andre Gerdau Johannpeter (Gerdau), Benjamin Steinbruch (CSN), Sérgio Leite (Usiminas) e Jefferson De Paula (ArcelorMittal); a exportação é a solução no curto prazo porque o mercado interno não irá dar conta da atual capacidade instalada brasileira nos próximos anos.

– Nossa análise é que talvez em 2021 consigamos retomar o patamar de consumo de aço que existia no país em 2013 – estima De Paula, CEO da ArcelorMittal Aços Longos.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, em 2013 foram produzidas 34 milhões de toneladas de aço bruto no país. A expectativa para o final de 2016, anunciada em coletiva no primeiro dia do Congresso, é de 31 milhões de toneladas de produção.

– Só haverá futuro para a indústria, se houver presente e nós precisamos construir esse futuro agora – disse Sérgio Leite, que defende a necessidade de inovação, criação de novos produtos e serviços com maior valor agregado, revisão de processos e maior agilidade e flexibilidade do setor diante de sua mais grave crise.

China e Reintegra

E para este futuro, a siderurgia nacional espera que o Governo de Michel Temer invista em mecanismos de defesa comercial ágeis e eficazes, não reconheça a China como economia de mercado e contribua para o aumento da competitividade da indústria do aço brasileira, elevando a alíquota do Reintegra para 5%, conforme previsto no parágrafo 2º, art. 22 da lei 13.043/2014. Ou seja, alíquota que compense os resíduos tributários. Tais ações são fundamentais para a sobrevivência da indústria brasileira.

– Estamos diante do maior empobrecimento de uma nação em tão curto período de tempo, sem a ocorrência de uma guerra. Isso é fruto de políticas equivocadas, práticas de juros inviáveis, que está matando a economia. Mas não podemos perder o otimismo. Todos queremos um país justo, moderno e empreendedor, que gere emprego e renda. E nós do setor temos que fazer a nossa parte – afirmou Benjamin Steinbruch.

Apesar das mais de 30 mil demissões recentes; executivos ressaltam a importância das equipes internas.

“Estamos investindo em novos setores de atuação porque acreditamos que temos meios de criar diferenciais. Somos entusiastas de uma boa gestão, inovação e plataformas digitais. Mas precisamos exportar e resolver os problemas de competitividade estrutural, juros, tributos e legislação”, destaca Gerdau.

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1 comment

ricardo 10 de junho de 2016, 17:55h - 17:55

kkkkk….esse aí é aquele que depois de afundar as empresas da familia agora quebra uma das maiores siderurgica do mundo elevando sua dívida em quase 5 vezes seu valor de mercado, ela vale hoje menos que na época da sua privatização Esse aí é aquele que quer rasgar a CLT e disse que trabalhdor não precisa hora de almoço, pode operar máquinq com uma mão e fazer lanchinho com outra ……esse aí intende muiiiitoo.

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