Rio – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 3,5 pontos em março. O indicador atingiu 85,3 pontos, em uma escala de zero a 200, o maior nível desde dezembro de 2014 (86,4).
A alta foi influenciada pelos aumentos da confiança no presente e do otimismo em relação ao futuro. O Índice de Expectativas, que avalia as opiniões dos consumidores em relação aos próximos meses, avançou 5,1 pontos e alcançou 95,7 pontos, o maior patamar desde fevereiro de 2014 (100,7). Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança dos consumidores, subiu 1,2 e atingiu 71,5 pontos, o maior nível desde agosto de 2015 (71,8).
Volume de vendas
O volume de vendas do varejo nacional deve cair 3,6% entre setembro do ano passado e setembro deste ano, de acordo com estimativa do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Apesar da previsão de queda, a estimativa indica uma recuperação de 3 pontos percentuais em um ano. No período anterior (setembro de 2015 a setembro do ano passado), o volume de vendas do comércio varejista brasileiro recuou 6,6%.
– A perspectiva é de uma recuperação lenta do varejo nos próximos meses, mas ainda no campo negativo. O aumento do desemprego, a queda na renda do trabalhador e a escassez de crédito dificultam uma retomada mais rápida – disse o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, Alencar Burti.
Segundo Burti, o ano de retomada do setor varejista será 2018, quando taxas expressivas de crescimento devem voltar a ser registradas. “O ano de 2017 é de transição: estamos superando os efeitos da crise. No ano que vem, tudo sinaliza para tempos melhores.”
Para o professor da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getulio Vargas Antonio Porto, a variação do volume de vendas do varejo será mais positiva que a expectativa da Associação Comercial porque a economia está se recuperando, com melhorias visíveis para o mercado interno.
“O consumidor está com mais segurança, o empresário está com mais segurança. Há queda de juros, perspectiva de recuperação de emprego, porque já se começou a gerar um pouco de emprego. Não chega a crescer muito porque a queda no ano anterior foi tão grande que zerou até setembro. Não vejo queda continuada, vejo recuperação”.
1 comment
O povinho esperançoso. PQP! É ser corajoso ter esperança com esses bosta que estão no comando do País!
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