Costa Verde – A Associação dos Empregados da Eletronuclear (ASEN) e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica nos Municípios de Paraty e Angra dos Reis (STIEPAR) organizam nesta segunda-feira (04) um seminário cujo tema é “Energia não é mercadoria – Energia nuclear é desenvolvimento”. O evento será realizado no Cine Teatro de Praia Brava, na Rodovia Procurador Haroldo Fernandes Duarte, BR 101/RJ, km 521, e será aberto aos trabalhadores do setor e autoridades de Angra dos Reis, Rio Claro, Paraty e à população. Depois do almoço, haverá um abraço a usina nuclear. Além do seminário, haverá ainda manifestações programadas para acontecer durante todo o dia.
Com a Eletronuclear em crise, os municípios da região não estão recebendo as contrapartidas da empresa, através dos convênios realizados. Se já estavam às voltas com o desafio de manter as usinas de Angra em funcionamento em 2019, a Eletronuclear ainda enfrenta este desafio. Paraty foi a primeira cidade a reclamar oficialmente. O prefeito Casé encaminhou ofício ao presidente da República, Michel Temer, queixando-se de que, ao priorizar as despesas de capital, a Eletronuclear pode comprometer projetos nas áreas sociais nos municípios do entorno da Central Nuclear:
“Ficou evidenciado que esse valor pago pode colocar em risco a saúde da empresa e dos municípios que dependem dos compromissos assumidos por ela”, disse o Prefeito de Paraty.
Paraty espera a liberação de R$ 58 milhões para a conclusão de projetos como os do hospital municipal (R$ 15,2 milhões), saneamento básico (R$ 20 milhões) e obras (R$ 9 milhões), entre outros. Sem o dinheiro da empresa de energia, o município não poderá avançar em nenhuma destas frentes de trabalho apenas com recursos próprios.
Angra dos Reis também está contando com o dinheiro da Eletronuclear para seu programa de obras a partir de 2018. Em agosto deste ano, o secretário de Governo da cidade, Marcus Veníssius Barbosa, disse crer que até outubro passado, seriam liberados R$ 28 milhões para obras de infraestrutura.
No total, a prefeitura de Angra espera receber mais de R$ 180 milhões da Eletronuclear, dos quais cerca de R$ 45 milhões irão para projetos de saneamento básico.
Rio Claro, o terceiro município que sofre as consequências deste problema, também espera receber cerca de R$ 18 milhões em projetos de redução do impacto pela construção da usina Angra 3. A obra da nova unidade está paralisada desde 2015.
A programação completa das manifestações:
9:00hs – Abertura – Hino Nacional;
09:10hs – Apresentação do seminário, objetivos, panorama do setor elétrico nacional( Eletrobrás) e da Eletronuclear em particular;
09:20 hs – Palestras com entidades representativas ( Ilumina, Clube de Engenharia, Aben) ;
Nos intervalos, breves pronunciamentos de parlamentares estaduais e federais;
12:00 hs – Pronunciamento dos prefeitos das três cidades;
13:00 hs – Encerramento;
13:00/15:00 hs – Almoço;
15:00 hs – Transporte para a Rodoviária de Itaorna;
15:10hs – Pronunciamento de autoridades locais e representantes dos sindicatos da Eletronuclear;
16:20 hs – Acesso a área protegida;
16:30 hs – Abraço a usina Angra 2 e palavra final dos representantes dos Sindicatos da Eletronuclear-(STIEPAR, SINTEERGIA, SENGE-RJ, SINTEC-RJ, SINAERJ E ASEN_
17:00 HS – Encerramento.