Cresce procura por cursos na área de estética na região

by Diário do Vale

Sul Fluminense – Em um levantamento publicado pelo Sebrae-RJ, este ano, o Brasil ficou, em 2014, no terceiro lugar no ranking mundial na venda de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Atrás apenas dos Estados Unidos, em primeiro, e China, que assumiu o segundo lugar, em 2015, empurrando o Japão de 2º para 4° na tabela. O Brasil representa 9,4% do consumo no mundo. Um crescimento médio de 10% ao ano, nas últimas duas décadas. Em 2014 o valor chegou aos R$ 43,2 bilhões. Aumento de 32% na procura de serviços estéticos em relação a 2013. A projeção é de que em 2019 esse valor chegue aos R$ 107,3 bilhões.

Outro estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), junto com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que 65,7% dos brasileiros dizem que cuidar da beleza é necessidade e não luxo. Metade (50%) acredita que gastar dinheiro com a aparência vale a pena. Segundo o Sebrae, de 2010 a 2015, o número de registros no setor de prestação de serviços no ramo de beleza, como salões, clínicas de estética e spas, foi a que mais cresceu entre os Microempreendedores Individuais (MEIs). O número de registro no período cresceu 567%. Um total de 482,4 mil novos empreendedores. O setor saltou de 1,1 milhão de empregos em 1994, para 5,6 milhões em 2014. No Rio de Janeiro, segundo o levantamento mais recente, só no setor de estética e cuidados com a beleza, existem mais de 18 empresas registradas.

Estética: Mercado de micropigmentação de sobrancelhas vem crescendo em Volta Redonda (Foto: Divulgação)

Estética: Mercado de micropigmentação de sobrancelhas vem crescendo em Volta Redonda (Foto: Divulgação)

Reinventar

Com a onda de demissões muita gente precisou se reinventar. A escassez de oportunidades no mercado formal tem motivado profissionais, em todas as cidades do Sul do Estado, a buscarem por cursos profissionalizantes, que normalmente são rápidos e capazes de fazer com que a pessoa fique pronta para atuar imediatamente. De carona nessa necessidade, cursos voltados para beleza e estética cresceram de acordo com a demanda.

Em uma escola referência na formação de profissionais, esse ano, o crescimento na procura por cursos livres cresceu 35%. A gerente do Instituto Profissionallizante Forma Estética, Graziele Guimarães, empresa com 15 anos no mercado, explica que o bom resultado está relacionado com a facilidade de trabalho que o setor oferece.

– Grande parte disso é da necessidade de empreendedorismo. Como o mercado diminuiu os postos de trabalho, todos começaram a buscar formas de conseguir se manter. Diante disso, quem faz um curso com a gente pode trabalhar por conta própria. Pode atender a domicílio, por exemplo, e abrir a própria empresa. São inúmeras as opções – explica. Ela comenta ainda que o Instituto, em Volta Redonda, estuda ampliar o atendimento na região. “Para o ano que vem, estimamos um crescimento de 15% a 20%, considerando o ritmo do mercado profissional. A estética pode ser comparada com a informática. Todo dia surge uma tecnologia nova, um dermocosmético novo, um equipamento estético novo, alcançando resultados ainda mais satisfatórios através de um tratamento diferente, com isso nossa empresa investe no desenvolvimento de novos cursos para manter nossa oferta aquecida. As áreas de tratamentos prolongados como designer e micropigmentação em sobrancelhas, depilação a luz pulsada, criolipólise, criofrequencia, microagulhamento e micropuntura tem crescido muito. Para se ter uma ideia, a aluna que começa o curso com a gente consegue, em um mês, mais que dobrar o valor que ela investiu,” afirma a gerente.

A estudante de Direito, Janaína Miranda, parou a faculdade no quarto período para investir no ramo da beleza. O primeiro curso, depois que foi demitida do estágio em um escritório, foi de cabeleireira. Grávida de oito meses, começou o curso de micropigmentação em sobrancelhas e não se arrepende da escolha.

– A melhor coisa que eu fiz foi ter vindo para esta área. Toda mulher gosta e investe, o quanto for, para se sentir bem com ela mesma. Escolhi esse curso por se tratar de uma tendência de mercado. Todas buscam praticidade e tratamentos prolongados. Se você se dedica, aprende e faz um bom trabalho, você ganha indicação e mais clientes – analisa.

O professor e micropigmentador, Pedro Ribeiro, explica que o mercado cresceu muito. Ele disse que antes era extremamente difícil encontrar cursos profissionalizantes em Volta Redonda e região, que pudessem trazer conteúdo para formar bons profissionais.

– Hoje é muito comum encontrar cursos aqui na região. O problema é que com o aumento da procura, surge também, a propaganda enganosa. É preciso pesquisar e ter referência da escola que você pretende fazer para se capacitar. Aqui além da responsabilidade de oferecer um conteúdo científico para as alunas, nós nos preocupamos com o retorno do investimento das alunas. Algumas começam a atender logo assim que pegam o diploma na última aula. Isso é ótimo para elas que, além de praticarem o conhecimento de sala de aula, ainda começam a ver o retorno financeiro quase que imediato. Em tempos de crise, isso é fundamental – enfatizou o professor.

A analista regional do Sebrae, Marilsa Dutra Reis, diz que a oportunidade de se formalizar, por meio do Microempreendor Individual, contribuiu para o crescimento do setor, principalmente, no Sul Fluminense.

– Ter CNPJ facilita financiar uma reforma, garante uma série de benefícios a quem busca sair da informalidade. O mercado está aquecido na região e tem espaço para todo mundo. O ideal é mesmo se capacitar, qualificar e imaginar que público você quer atender. O Sebrae dá o suporte necessário para quem precisa gerir o próprio negócio. Cursos presenciais, e até online, ajudam a entender a mecânica de uma empresa. Quem inova e traz consigo o atendimento diferenciado, vai se sobressair aos demais concorrentes. Um bom planejamento, aliado a inovação e a criatividade é a fórmula do sucesso. Sempre pensar estratégias para fidelizar e atrair o cliente podem garantir que o investimento em um curso ou técnica não seja desperdiçado – disse.

 

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