Entidades empresariais se manifestam contra pacote de medidas do governo estadual

by Diário do Vale

Sul Fluminense – Representantes do Fórum Permanente das Entidades Empresariais de Volta Redonda e do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Barra Mansa (CODEC BM) se reuniram na manhã desta sexta-feira, dia 11, com o deputado estadual Nelson Gonçalves. Durante o encontro, realizado na CDL VR, as entidades entregaram ao parlamentar um manifesto contrário ao pacote de medidas anunciado pelo governo estadual no início deste mês. O documento, redigido em conjunto pelas entidades dos dois municípios, ressalta que as medidas propostas vão promover aumento considerável na já alta carga tributária das empresas e solicita alteração imediata no pacote proposto.

“Pedimos do deputado Nelson Gonçalves que entregue essa carta manifesto ao presidente da ALERJ, Jorge Picciani, e ao governador Luiz Fernando de Souza. O atual modelo de governança política instalado no Rio de Janeiro continua penalizando o setor produtivo. O empresário não pode ser torturado com o aumento da carga tributária para pagar a conta da má administração”, argumentou Evandro Queiróz, presidente do Fórum de Volta Redonda. Segundo ele, outros deputados estaduais da região foram convidados para a reunião, mas não compareceram devido a outros compromissos.

O presidente do CODEC BM, Arivaldo Corrêa Mattos, pontuou que, dentre diversos efeitos nocivos, o pacote de medidas proposto pelo governo estadual vai provocar a migração de muitas empresas para outros estados. “Os aumentos nas alíquotas de ICMS e a tributação das contribuições previdenciárias dos servidores vão impactar negativamente o mercado, diminuindo o poder de consumo da população, das empresas e também a arrecadação dos impostos que movem a maquina pública estadual”, afirmou Arivaldo.

O manifesto das entidades ressalta ainda que os aumentos nas alíquotas de ICMS de energia elétrica para 27%, telefonia para 28% e gasolina para 32% inviabilizará e prejudicará a toda a cadeia produtiva e de consumo do estado. “Teremos os percentuais de ICMS mais altos do Brasil”, explicou Evandro, esclarecendo que as entidades empresariais estão à disposição do governo estadual para estabelecer um diálogo que possa construir melhores condições econômicas para o Rio de Janeiro. O presidente do Fórum de Volta Redonda ainda sugeriu aos presentes a criação de um núcleo parlamentar formado pelos deputados estaduais da região. “É preciso haver diálogo para buscarmos o desenvolvimento das cidades do Sul Fluminense”.

Nelson Gonçalves destacou que já é consenso entre os deputados estaduais o veto à cobrança de alíquota extra de contribuição previdenciária de 16% para os servidores do estado. “Os outros projetos de leis relacionados ao pacote serão discutidos nas sessões plenárias entre os dias 16 e 30 de novembro”, explicou o parlamentar, se comprometendo a entregar ao presidente da ALERJ e ao governador o manifesto das entidades. “O movimento das entidades empresariais é muito importante neste momento complicado que vive o Estado. É preciso nos unirmos para encontrar alternativas que não penalizem a população”, finalizou o parlamentar.

Assinaram a carta manifesto as seguintes entidades: ACIAP VR, Sicomércio VR, CDL VR, Metalsul, Sinduscon-SF, Aescon VR, Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria da Região Sul Fluminense, Sulcarj, Sicomércio BM, CDL BM, ACIAP BM, UBM, Sindicato Rural de Barra Mansa, Representação regional da Firjan, Sociedade Médica de Barra Mansa, OAB BM e Associação dos Contabilistas de Barra Mansa.

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2 comments

Marcelo Bretas 12 de novembro de 2016, 14:04h - 14:04

Os golpistas da FIESP e da FIRJAN apoiaram a dupla Temer e Cunha,desejando redução dos direitos trabalhistas, redução de impostos e a terceirização total. Agora estão reclamando do que? Não querem pagar tributos. São os maiores sonegadores, pagam proporcionalmente muito menos que os trabalhadores . Foram usados e descobriram agora que não possuem a experiência de Cabral, Temer e Piccianis da vida.Chega a ser hilário.

VAI VENDO 12 de novembro de 2016, 00:40h - 00:40

Ué, agora aguentem, e por favor não repassem os impostos para nós, consumidores.

Eu alertei aqui para não votarem no Pezão na eleição em 2014 e agora para não votarem no PMDB.

Com os votos a mais no PMDB, o Pezão e o Temer estão se achando para fazerem o que querem.

Interessante são os deputados serem contra a contribuição dos servidores, muitos marajás, recebendo mais de 5 mil pilas por mês. Eles não podem contribuir, né deputados?

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