Ex-dirigentes da Eletronuclear são denunciados por atos em Angra 3

by Diário do Vale

 

Construção da Usina de Angra 3 é alvo de investigações e prisões

Construção da Usina de Angra 3 é alvo de investigações e prisões


Rio – 
A partir das investigações da Operação Pripyat, o Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia à Justiça contra cinco ex-dirigentes da Eletronuclear, já presos preventivamente no presídio Bangu 8, e dois sócios da VW Refrigeração. Eles são acusados de crimes de lavagem de dinheiro que somam mais de R$ 2,3 milhões. A denúncia foi divulgada nesta quinta-feira (23) pelo MPF.

A Operação Pripyat é um desdobramento da Lava Jato e apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Usina de Angra 3 pela Eletronuclear.
A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro os acusa de movimentarem e dissimularem a origem de recursos destinados às obras da Usina de Angra 3. Para tanto, segundo a denúncia, foram usados pelo menos 27 saques não identificados e depósitos entre 2010 e 2016 nas contas dos executivos, que já foram denunciados antes por corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com o MPF, o esquema de lavagem de dinheiro entre a construtora Andrade Gutierrez e a VW se revelou maior do que tinha sido investigado: atendia não só ao ex-superintendente de Construção da Eletronuclear, José Eduardo Costa Mattos, mas também aos ex-diretores Edmo Negrini (Administração e Finanças), Luiz Soares (Técnico), Luiz Messias (Superintendência de Gerenciamento de Empreendimentos) e Pérsio José Gomes Jordani (Planejamento, Gestão e Meio Ambiente). Além deles, foram acusados os empresários Marco Aurélio Barreto e Marco Aurélio Vianna, da VW Refrigeração.

O processo penal passa a tramitar se a denúncia for aceita pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Com base nos dados bancários dos gestores da Eletronuclear e da VW Refrigeração, que teria Costa Mattos como sócio oculto, o MPF rastreou os repasses de propina para os outros ex-diretores, que valores que variam entre R$ 706,5 mil, como o caso de Luiz Soares, e R$ 446,9 mil, para Luiz Messias.

Segundo a denúncia, ficou evidente a correspondência entre as operações de pagamento e os saques das contas da VW, cujo único serviço prestado à Eletronuclear foi uma vistoria nas centrais de gelo do canteiro de obras da usina e produção de relatório. A vistoria durou poucos dias e o ajuste fictício fixara mais de quatro anos de serviço, de acordo com o MPF.

– As saídas das contas da VW Refrigeração e os depósitos para os ex-gestores da Eletronuclear são suficientes para demonstrar que Negrini, Soares, Messias e Jordani, com a supervisão de Costa Mattos, se beneficiaram da lavagem de dinheiro da propina pela Andrade Gutierrez usando contratos fraudulentos com a VW Refrigeração – afirmam, em nota, os procuradores Leonardo Cardoso, José Augusto Vagos, Eduardo El Hage, Renato de Oliveira, Rodrigo Timóteo da Costa, Jessé Júnior, Rafael Barretto, Sérgio Pinel e Lauro Coelho Junior, autores da denúncia.

You may also like

2 comments

Revoltado 28 de março de 2017, 18:03h - 18:03

A POLITICA DO BRASIL E O VERDADEIRO COCÔ. CADA VEZ QUE DAR UMA MEXIDA FEDE E MUITO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ISSO É BRASILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL

VAI VENDO 23 de março de 2017, 21:24h - 21:24

Mais corrupção com dirigentes acobertados pelo PT, PMDB no governo.

Até quando os eleitores vão continuar votando nesses e noutros partidos ALIADOS a eles?

Comments are closed.

diário do vale

Rua Simão da Cunha Gago, n° 145
Edifício Maximum – Salas 713 e 714
Aterrado – Volta Redonda – RJ

 (24) 3212-1812 – Atendimento

(24) 99926-5051 – Jornalismo

(24) 99234-8846 – Comercial

(24) 99234-8846 – Assinaturas
.

Image partner – depositphotos

Canal diário do vale

colunas

© 2024 – DIARIO DO VALE. Todos os direitos reservados à Empresa Jornalística Vale do Aço Ltda. –  Jornal fundado em 5 de outubro de 1992 | Site: desde 1996