ArcelorMittal anuncia férias coletivas na unidade de Resende

Quatrocentos e sete trabalhadores da usina de Resende vão parar

by Diário do Vale

Foto: Arquivo

Resende – A usina da ArcelorMittal em Resende vai colocar 87 funcionários em férias coletivas e fazer compensação de banco de horas para outros 320, a partir de dezembro. Motivo: o excesso de importaçoes de aço. Em nota oficial enviada ao DIÁRIO DO VALE, a ArcelorMittal confirmou que vai estender as paradas técnicas programadas de suas unidades de Resende (RJ), Piracicaba (SP) e Juiz de Fora (MG), entre os meses de novembro e dezembro.
“A medida é parte dos esforços da empresa para adequar a sua produção frente ao cenário de baixa demanda por aço no mercado doméstico e de aumento recorde das importações. Com a parada técnica, cerca de 400 empregados de Resende vão entrar em férias coletivas ou compensação do banco de horas”.
Na nota, a ArcelorMittal afirma que “O aumento recorde da importação direta e indireta de aço tem tido impacto, cada vez maior, nas vendas internas e na produção das siderúrgicas no Brasil”.
O grupo deve produzir, este ano, 1,3 milhão de toneladas a menos do que no ano passado. as importações de aço este ano devem ser 50% maiores do que as do ano passado, o que cria excesso de oferta no país.
“Diante da concorrência desleal do aço importado, fornecido a preço subsidiado por alguns países, a ArcelorMittal defende a elevação temporária da alíquota do produto importado para 25%, até que a situação se normalize no mercado interno”, prossegue a nota.
Essa alíquota está sendo praticada pela União Europeia, EUA e México, enquanto o Brasil atualmente taxa o aço importado em 9%.
O presidente do grupo, Jefferson De Paula, em entrevista ao jornal Valor Econômico, qualificou o momento como crítico e disse que o Brasil, ao baixar as alíquotas de importação, ficou desprotegido contra o excesso de oferta no mercado internacional.
O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, também falou sobre a necessidade de criar barreiras fiscais à importação de aço, embora a CSN não tenha anunciado, até o momento, nenhum tipo de medida de redução da produção. Ele sugere uma alíquota de 25%, como foi feito pelos Estados Unidos, União Europeia e México. No Brasil, a alíquota vigente é de 9%.

Competitividade

Segundo Jefferson De Paula, os indicadores da ArcelorMittal, que tem unidades espalhadas por todo o mundo, mostram que a operação brasileira tem custos menores do que três quartos das outras.
“Então, eu diria que a siderurgia brasileira é competitiva”, afirmou o executivo ao Valor.

A íntegra da nota da ArcelorMittal

“A ArcelorMittal confirma que vai estender as paradas técnicas programadas de suas unidades de Resende (RJ), Piracicaba (SP) e Juiz de Fora (MG), entre os meses de novembro e dezembro. A medida é parte dos esforços da empresa para adequar a sua produção frente ao cenário de baixa demanda por aço no mercado doméstico e de aumento recorde das importações. Com a parada técnica, cerca de 400 empregados de Resende vão entrar em férias coletivas ou compensação do banco de horas.
O aumento recorde da importação direta e indireta de aço tem tido impacto, cada vez maior, nas vendas internas e na produção das siderúrgicas no Brasil.
Como reflexo desse cenário, a ArcelorMittal projeta uma redução de produção de 1,3 milhão de toneladas em 2023 na comparação com o ano anterior.
Diante da concorrência desleal do aço importado, fornecido a preço subsidiado por alguns países, a ArcelorMittal defende a elevação temporária da alíquota do produto importado para 25%, até que a situação se normalize no mercado interno.”

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2 comments

Adriana 21 de novembro de 2023, 16:11h - 16:11

Falem do aço da China …estão acabando com o Brasil . E o minerio é o nosso .

Boladão!!! 20 de novembro de 2023, 15:29h - 15:29

Só fazer o L que tudo fica bem!!!!!

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