Fazenda diz que uso do FGTS no crédito consignado corrige distorção

by Diário do Vale

Brasília – A possibilidade de o trabalhador usar a multa rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para empréstimos consignados – com parcelas descontadas diretamente no salário – corrige distorções nesse segmento de crédito, informou o Ministério da Fazenda. As informações são da Agência Brasil.

Em nota, a pasta destacou que a medida, anunciada ontem (28) na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, vai garantir igualdade no acesso ao crédito aos trabalhadores do setor público e do setor privado.

Segundo o comunicado, apesar de a modalidade ter se expandido de cerca de R$ 10 bilhões em janeiro de 2004 para quase R$ 274 bilhões em dezembro de 2015, o crescimento não foi bem distribuído. Isso porque os trabalhadores do setor público, que têm estabilidade, conseguem muito mais acesso ao crédito consignado do que os do setor privado, cujos juros são mais altos por causa do risco de inadimplência provocado pelo desemprego.

Nos próximos dias, o governo enviará ao Congresso Nacional uma medida provisória que autoriza os trabalhadores a usar parte do saldo da conta vinculada (10%) e toda a multa rescisória do FGTS – paga quando o empregado é demitido sem justa causa – como garantia adicional contra inadimplência. A garantia é usada para cobrir os prejuízos da instituição financeira em caso de calote por parte do mutuário.

De acordo com o Ministério da Fazenda, a aprovação da medida é importante para conter o endividamento dos trabalhadores do setor privado. Eles poderão trocar o cheque especial e o cartão de crédito (na modalidade de crédito rotativo) pelo crédito consignado. Ontem (27), o Banco Central divulgou que as taxas do cartão de crédito rotativo encerraram 2015 em 431% ao ano, e os juros do cheque especial chegaram a 287% ao ano. Em contrapartida, a taxa média do consignado estava em 28,8% ao ano em dezembro.

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6 comments

povo cego 30 de janeiro de 2016, 20:38h - 20:38

Esse Luiz não sabe oq fala! Tenho até dó de pessoas sem informação!

REALIDADE 29 de janeiro de 2016, 12:19h - 12:19

Uma taxa de juro de 431% ao ano nem sei como classificar isso , é muito roubo em cima do coitado pobre , porque quem individa com cartão é pobre, fica fácil falar para pessoas ter cuidado com cartão, ai o coitado ta la com filho doente , sem alimento em casa e etc.. o que vai fazer se tem um cartão vai gastar mesmo,isso é meio de ferrar com o pobre mesmo, queria ver se essas taxas ao invéz de 431% ao ano fosse 12% se teria banqueiro , lojas espalhadas pelo brasil te oferenco cartão de crédito.
quanto é rendimento da poupança? isso ai nada né. não tem jeito é exploração de todos lados isso faz o povo dizer a boa velha frase: Brasil não tem gente so nascendo de novo…..

luiz 29 de janeiro de 2016, 09:15h - 09:15

O governo devia é acabar com o fundo de garantia que é um verdadeiro roubo ao trabalhador.

Zé das coves 29 de janeiro de 2016, 15:57h - 15:57

Roubo? Quem deposita é o empregador. Não é descontado do salário do empregado.
vc deve estar confundindo com INSS, este sim em muitos casos é um roubo.

Raphael 29 de janeiro de 2016, 19:31h - 19:31

O problema do FGTS é que a correção fica muito longe da inflação.. ou seja o governo usa o nosso dinheiro e quando vamos sacar ele já se desvalorizou..

perito 29 de janeiro de 2016, 08:55h - 08:55

Mais uma excelente forma para o brasileiro se endividar ainda mais e, pagar pelo rombo causado pela corrupção. Parabéns a esse governo e a seus eleitores.

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