Firjan defende retomada das obras em Angra 3

by Diário do Vale


Angra dos Reis –
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) defendeu a retomada das obras da usina nuclear Angra 3. Os empresários entregaram ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, documento sobre o impacto do terminal para a segurança energética e o desenvolvimento do estado fluminense e do país.

Para ambientalistas, os investimentos em energia nuclear devem ser revistos em decorrência dos riscos e dos valores, considerados elevados em comparação às fontes renováveis, como a solar e a eólica, com grande potencial no Brasil.

No documento entregue a Bento Albuquerque, que esteve à frente do Programa Nuclear da Marinha, a Firjan afirma que a energia nuclear, do ponto de vista ambiental, é mais limpa que os combustíveis fósseis, e não emite gases do efeito estufa. Outra vantagem apontada no documento é a “modicidade tarifária no médio prazo”.

Potencial

Na avaliação da federação, a retomada das obras, paradas desde 2015, também tem o potencial de colaborar para o aquecimento da economia, com a geração de 9 mil empregos, investimentos em infraestrutura e redução dos índices de violência na cidade Angra dos Reis, no sul fluminense. A cidade vem sofrendo com disputas de facções que comandam o tráfico de drogas. As obras de Angra 3 foram suspensas em função de evidências de corrupção.

Durante reunião do Conselho Empresarial de Energia da Firjan, na qual participou Bento Albuquerque, o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, apresentou o projeto de retomada das obras de Angra 3 . Segundo ele, o modelo de licitação deve ser aberto a empresas estrangeiras. Antes, informou que já foram gastos R$ 7 bilhões na usina e ainda falta o dobro, R$ 13,8 bilhões para que fique pronta.

De acordo com a Eletronuclear, empresa responsável por Angra 3, a meta é recomeçar as obras em junho deste ano e entrar em operação entre 2024 e 2025.

Ambientalistas

Organizações não-governamentais, como WWF Brasil, Greenpeace e SOS Mata Atlântica, dizem temer acidentes nucleares. Ambientalistas relembram que desastres de Chernobyl, na Ucrânia e de Fukushima Daiichi, no Japão, deixaram sequelas.

As entidades informam que a construção de usinas e o processo de enriquecimento de urânio têm custos elevados, considerando a necessidade de um complexo depósito de lixo atômico e descarte de equipamentos em desuso.

Para a Coalisão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares, os empregos na usina tendem a ser mais especializados, atraindo mão de obra externa.

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4 comments

Psicologo 23 de março de 2019, 21:55h - 21:55

A retomada é necessária por um simples motivo. Uma nuclear ocupa pouquíssimo espaço, é super segura e hoje o Brasil não se desenvolve porque não há eletricidade disponível no país. Nosso sistema elétrico opera praticamente no limite.

VAI VENDO 23 de março de 2019, 18:11h - 18:11

Enquanto o mundo desenvolvido está investindo em tecnologias limpas, o Brasil vai construir uma usina já ultrapassada e ainda promover empregos para estrangeiros, sem contar , claro que poderá ser entregue ao capital estrangeiro na privatização.

No Brasil é prejuízo para nós construir empresas. Os capitalistas selvagens só ficam no aguardo. Construir não é com eles.

Em VR temos um aeroporto regional que nem saiu do papel. A iniciativa privada não toma iniciativa. Estão esperando o prefeito dos empresários construir para privatizar para eles.

Verdade 23 de março de 2019, 08:13h - 08:13

Todos desejam a retomada dessas obras, porém ninguém têm ideia de como as gerações futuras terão um enorme problemas pra resolver com os resíduos que estão dentro da usina, usinas nucleares geram rejeitos altamente tóxicos e de longa duração, não há tecnologia para reaproveitar e a usina que está sendo construída é tecnologicamente ultrapassada, um grande problema pq usina nuclear têm um tempo máximo de utilização muito menor que os rejeitos radioativos decaiam, no Brasil não há estudo, devido ao problema da radiação, estudos para que fosse reutilizado esses “rejeitos” ficando estocados dentro da água dos reatores por um prazo de milhares de anos, pois aquilo ali é uma sopa de diversos elementos químicos radioativos. Enfim um grande problemão que ninguém têm sequer conhecimento disso.

Psicologo 23 de março de 2019, 22:02h - 22:02

A retomada é necessária por um simples motivo. Uma nuclear ocupa pouquíssimo espaço, é super segura e hoje o Brasil não se desenvolve porque não há eletricidade disponível no país. Nosso sistema elétrico opera praticamente no limite.

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