O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu alta de 1,08%, na terceira prévia do mês, resultado 0,19 ponto percentual menor do que o da segunda apuração de fevereiro (1,27%). O levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), indica que sete dos oito grupos pesquisados apresentaram decréscimo nas taxas.
A pesquisa refere-se aos preços coletados entre os dias 23 de janeiro e 22 de fevereiro comparados aos do período de 23 de dezembro a 22 de janeiro. Os dados englobam sete capitais: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
O peso inflacionário foi atenuado, principalmente, pelo grupo educação, leitura e recreação, que registrou alta de 0,58%, bem abaixo da taxa da medição anterior (1,46%). Em habitação, o índice passou de 1,38% para 1,11%, com destaque para a tarifa de eletricidade residencial (de 4,85% para 2,88%).
No grupo alimentação, a inflação atingiu 0,95%, ligeiramente inferior à do levantamento anterior (1,1%). Entre as principais impactos está a redução da taxa de hortaliças e legumes (de 6,93% para 5,09%). Em transportes, o IPC-S teve variação de 2,46%, um pouco abaixo da verificada na segunda prévia do mês (2,56%), sob o efeito da tarifa de ônibus urbano (de (5,90% para 3,55%).
Em despesas diversas, também houve diminuição da taxa, que passou de 1,58% para 1,43%. Nessa classe de despesas, o resultado foi influenciado pelos preços dos cigarros (de 2,81% para 2,33%).
No grupo comunicação, foi constatada queda no ritmo de correções, com variação de 0,32%. Na apuração da segunda prévia do mês, esse grupo havia apresentado alta de 0,36%. Os preços dos pacotes de telefonia fixa e internet caíram 0,05%. No levantamento anterior, havia sido constatada elevação de 0,28%.
O grupo vestuário, que havia registrado estabilidade na taxa, apresentou recuo de 0,02% nessa pesquisa. A queda reflete a correção menor dos calçados (de 0,42% para 0,23%).
O único grupo com aumento superior ao da apuração passada foi saúde e cuidados pessoais (de 0,33% para 0,37%). Entre os itens pesquisados, destacam-se os artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,87% para -0,67%).
Os cinco itens de maior pressão inflacionária foram: gasolina (5,09%), tarifa de ônibus urbano (3,55%), refeições em bares e restaurantes (1,32%), tarifa de eletricidade residencial (2,88%) e automóvel novo (1,67%). Já os cinco que mais contribuíram para diminuir a força do índice foram passagem aérea (-22,51%), l eite do tipo longa vida (-3,55%), perfume (-1,23%), show musical (-2,07%) e blusa feminina (-1,53%).