Microempreendedores têm empréstimos a juros baixos

by Diário do Vale

Rio – Os microempreendedores da Comunidade do Arará/Mandela, em Benfica, zona norte do Rio, receberam hoje (8) uma unidade móvel da Agência Estadual de Fomento (AgeRio), onde poderão pegar empréstimos investir em suas microempresas. Os valores variam de R$ 300 a R$ 15 mil, com taxa de juros de 0,25% ao mês (3% ao ano) e o prazo para pagamento é de até 24 meses. Segundo a AgeRio, o objetivo do programa é facilitar o acesso a créditos para os microempreendedores de comunidades onde já funcionam unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Os empreendimentos mais financiados estão nos ramos de beleza, vestuário e alimentação. Os três tipos de negócios respondem por 65% dos empréstimos concedidos desde 2012, de acordo com a agência. Segundo o superintendente de Microcrédito da AgeRio, Helber Venâncio, o programa visa contribuir para o desenvolvimento econômico e social das comunidades pacificadas ou em processo de pacificação.

“Já financiamos mais de 7.500 empreendedores e foram aplicados mais de R$ 32 milhões. Temos uma atuação em todas as comunidades pacificadas. Nós buscamos criar melhores condições de atendimento, fortalecendo a nossa atuação. Temos tido casos de sucesso e o principal resultado do nosso trabalho é a autoestima e a criação de referências positivas em um ambiente que a gente sabe ser de carência e necessidade”, explicou Venâncio.

A unidade móvel da Comunidade do Arará/Mandela deve atender grande parte do comércio local. Para o comerciante Carlos Roberto Provenzano, de 36 anos, o empréstimo pode ser uma boa oportunidade para ampliar seu negócio e abrir novas pizzarias e lanchonetes na comunidade. “Eu já tenho uma loja lá fora, agora eu quero expandir aqui para dentro da comunidade e tentei pegar um empréstimo no banco para reformar o espaço, mas os juros são muito altos”, afirmou.

Carlos Roberto disse que necessita de R$ 5 mil para ampliar seu empreendimento. Caso consiga tomar o empréstimo pela AgeRio vai “reformar rápido a loja e colocar a pizzaria e a lanchonete para funcionar logo”.

O chaveiro Felipe Barbosa, de 28 anos, trabalha há três anos na comunidade, próximo a uma base de Polícia Pacificadora. Segundo ele, o seu trabalho gera bons resultados, mas gostaria de ampliá-lo. “Graças a Deus a favela está suprindo as minhas necessidades e dá para trabalhar e pagar as contas, mas eu estava querendo investir em máquinas, trabalhar com a parte de codificações de chaves de carro e isso exige um orçamento um pouquinho maior”.

A comunidade do Arará/Mandela tem cerca de 12.500 moradores e ainda é carente de outros serviços, segundo o presidente da Associação de Moradores do Parque Éredia de Sá, Elso de Oliveira. Ele disse que a ajuda aos microempreendedores pode ajudar a expandir os negócios, mas que a comunidade sente a falta de projetos sociais.

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