No dia 15 de abril, a Nissan inaugurou sua fábrica em Resende, já em meio à retração no mercado brasileiro de veículos. O executivo-chefe da Aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, disse que só espera que o mercado brasileiro retome o crescimento a partir de 2016, mas acredita que, até o fim de 2015 a empresa que dirige deverá ampliar sua participação no mercado nacional de cerca de 2%, atualmente, para cerca de 5%.
De acordo com o executivo-chefe da Aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, esse crescimento virá independentemente do crescimento do mercado como um todo, já que a empresa tem potencial para ocupar uma parcela maior do mercado nacional. Na avaliação do executivo, o Complexo Industrial da Nissan é fundamental para o crescimento da marca no Brasil.
– O país é nosso quarto maior mercado do mundo e peça-chave para o nosso desenvolvimento na América Latina. Nossa meta é atingir 5% de participação de mercado, ser a primeira entre as marcas japonesas e líder em qualidade de produtos e serviços no Brasil até 2016 – afirmou Ghosn.
Além desse objetivo de curto prazo, o presidente mundial da Renault-Nissan afirma que o país tem potencial para um crescimento acelerado na venda de automóveis, no médio e longo prazos.
– Em um país como Portugal, há cerca de 400 a 500 carros para cada mil habitantes. No Brasil, atualmente, são 175. Assim, quando os problemas do atual cenário forem superados, o crescimento do setor automotivo vai se acelerar e superar os 3% anuais – calculou.
O executivo disse ainda que o atual cenário não foi, em momento nenhum, obstáculo para decisão de implantar a fábrica de Resende.
– Um investimento como esse não é feito pensando-se nos próximos seis meses, mas, no mínimo, nos próximos dez anos – disse.