Brasília- O novo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fará o primeiro discurso oficial nesta quarta-feira (13), na cerimônia de transmissão de cargo, marcada para as 15h. A solenidade terá a presença de autoridades como o ministro da Economia, Paulo Guedes, e de convidados do mercado financeiro.
Depois de terem a indicação aprovada pelo Senado no último dia 26, Campos Neto e os novos diretores de Política Monetária, Bruno Serra Fernandes, e de Organização do Sistema Financeiro, João Manoel Pinho de Mello, tomaram posse no último dia 28. Campos Neto foi empossado em reunião privada no Palácio do Planalto. Os diretores receberam o cargo na tarde do mesmo dia, no Banco Central.
Um dos formuladores da política econômica do governo, Campos Neto havia sido indicado pelo presidente Jair Bolsonaro em novembro do ano passado. No entanto, ele e os novos diretores precisavam ser aprovados pelo Senado para poder assumir, o que estendeu a permanência do ex-presidente Ilan Goldfajn até o fim de fevereiro.
Mesmo antes de assumir o comando do BC, Campos Neto reunia-se regularmente com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e integrou a equipe brasileira que foi ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, em janeiro deste ano.
Durante a sabatina no Senado, Campos Neto defendeu a autonomia do Banco Central e afirmou que terá como foco estabilizar o poder de compra da população e assegurar um sistema financeiro sólido e eficiente.
Perfil
Nascido em 1969, Roberto de Oliveira Campos Neto é bacharel e mestre em economia pela Universidade da Califórnia. O novo presidente do BC tem longa trajetória no sistema financeiro, iniciou a carreira no Banco Bozano Simonsen e trabalhou no Banco Santander por vários anos.
Ele é neto do economista, diplomata e escritor Roberto Campos (1917-2001), defensor do liberalismo econômico, que participou do governo Juscelino Kubitschek e foi ministro do Planejamento do governo Castello Branco.
1 comment
Será que finalmente alguém vai começar a trabalhar de verdade nesse governo de tuíteiros?
Dizem que o vovô quando foi embaixador pedia 15% por fora para facilitar as negociações externas dos empresários brasileiros, mas isso não quer dizer que o neto é a mesma coisa.
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