Professores e estudantes da Faetec Santo Agostinho fazem protesto

by Diário do Vale
Grave na Faetc. vr= Franciele Bueno (1)

Em greve: Professores protestaram por atraso nos salários em frente à unidade
(Foto: Franciele Bueno)

Volta Redonda- Professores, funcionários, estudantes, e pais de alunos da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro), no bairro Santo Agostinho, em Volta Redonda realizaram na tarde de segunda-feira (3), um protesto, que teve concentração em frente à unidade, contra os atrasos salariais e a falta de condições de funcionamento da escola, que está sem os serviços de manutenção, limpeza, alimentação e segurança.
O grupo seguiu a pé para o Ministério Público Federal de Volta Redonda, no bairro Aterrado. Os profissionais reivindicam o acerto do pagamento do 13º salário, férias, os salários referentes aos meses de fevereiro e março e que o Governo do Estado dê condições para que a instituição possa voltar a funcionar.
Os funcionários terceirizados que realizavam a prestação de serviços gerais dentro da unidade estão há sete meses sem receber, desde setembro do ano passado. A Faetec Santo Agostinho aderiu à greve geral das unidades no dia 29 de março. A greve foi decidida em assembleia realizada no dia 24. A escola oferece ensino médio/ técnico com opções de cursos de administração e informática com turmas manhã, tarde e noite.
Este ano não foram abertas novas turmas para o 1º ano do ensino médio e nem para os cursos de qualificação profissional. Os professores acreditam que essas medidas foram tomadas devido às condições financeiras do Estado. Quem acompanhou e prestou apoio aos professores, funcionários e alunos foi Vicente Quaresma, avó do aluno Nattam Ferreira, que cursa o 3º ano do ensino médio com curso integrado de informática. A principal preocupação de Vicente é que seu neto seja prejudicado com a paralisação, mas reconhece que se faz necessária a greve devido à situação agravante da falta de recursos, principalmente em relação ao atraso salarial dos professores.
– A greve é necessária mesmo que possa prejudicar um pouco o meu neto e os demais alunos. A situação é agravante, não existem serviços básicos na unidade como alimentação e limpeza foram paralisados por falta de pagamento aos funcionários. Os professores são excelentes, a estrutura física da unidade é muito boa, mas não estão repassando os recursos – disse.
O aluno Nattam Perreira, de 17 anos, comentou que a situação é ruim e que tanto alunos como professores acabam sofrendo, e que o governo deveria priorizar a educação.
– É muito ruim o que estamos vivendo, prejudica os estudantes e os professores que querem trabalhar. A escola tem uma estrutura boa, fico indignado com essa situação, todos acabam sofrendo. O governo deveria priorizar a educação, por isso devemos pensar bem antes de eleger os governantes, pois o voto é uma das maneiras legais de Justiça, a outra é protestar nas ruas – disse, acrescentando que pretende este ano fazer Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e tentar um intercambio. Nattam quer cursar engenharia de computação e com a greve na Faetec, a saída é manter os estudos em casa.
– Pretendo manter os estudos em casa, pois este ano ainda pretendo tentar um intercambio e também fazer o Enem, mas não sei se será possível realizar todas as metas. Quero fazer engenharia de computação ou tentar a carreira militar quando terminar o ensino médio – comentou.
Outra aluna que vai manter os estudos em casa é a aluna Natália Cabral, de 16 anos, que cursa o 2º ano do ensino médio com curso integrado de administração. Ela pontuou que apoia a greve dos professores e que mesmo com os problemas enfrentados irá continuar estudando na unidade no próximo ano.
– Eu apoio os professores, eles têm família e precisam receber seus salários, é totalmente compreensível, assim como entendo o lado dos funcionários terceirizados. Apesar da greve este ano pretendo me manter na unidade até o ano que vem, quando concluo os estudos, pois o ensino é muito bom e enquanto a paralisação permanecer vou estudar em casa – disse.
No ano passado houve uma paralisação na unidade que durou aproximadamente 30 dias devido à falta de pagamentos. As aulas, de acordo com a aluna Natália Cabral, foram repostas durante a semana dentro do cronograma de aula.

Nota da Faetec

A Faetec informou que vem concentrando esforços para que as aulas sejam plenamente restabelecidas e para que os profissionais recebam na data-base da Secretaria de Estado de Educação, sem atraso, já a partir do próximo mês. Os que já receberam pelo Fundeb vão ter o complemento também na mesma data. Sobre os terceirizados, a regularização está sendo providenciada desde sexta-feira, com previsão de normalização até quarta, dia 5/04.

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4 comments

Nate 4 de abril de 2017, 20:11h - 20:11

É Nattam PEREIRA, mas ta bom

Hobbes 4 de abril de 2017, 14:12h - 14:12

A população não está nema aí para a educação.
Depois cobram os políticos.
Ninguém se importa educação e saúde não são importante nesse estado e nesse país.
“…Vamos celebrar a estupidez humana…”

VAI VENDO 4 de abril de 2017, 19:44h - 19:44

De que adianta lutar para uma educação de qualidade se até os professores e estudantes votam nos mesmos?

Fizemos uma forte campanha para votarem contra o PMDB e partidos ALIADOS, mas eles para preservarem os empregos e apoiar o Tutuca (com argumentos que foi o secretário que criou e trabalha para as FAETECs) nem olharam para o lado.

Agora eles vêm na mídia com este teatro?

VAI VENDO 4 de abril de 2017, 10:59h - 10:59

Ué, votaram no PMDB, votaram no Tutuca e no Pezão? Agora aguentem!

Os eleitores que votaram nos partidos ALIADOS ao PMDB ajudaram o Pezão.

Os eleitores que deixaram de votar, votaram em branco, ou anularam o voto ajudaram TAMBÉM pq não votaram contra essa situação.

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