Serviços crescem, mas acumulado até novembro tem queda de 5%

by Diário do Vale
Setor de serviços segue tendência nacional e apresenta baixa no volume

Setor de serviços segue tendência nacional e apresenta baixa no volume


Rio – 
Depois de ter fechado com resultados negativos em setembro (-0,4%) e outubro (-2,3%), o volume do setor de serviços encerrou novembro de 2016 com crescimento de 0,1% em relação a outubro – uma alta de 2,4 pontos percentuais de um mês para o outro.

Ainda assim, o segmento fechou o período janeiro-novembro com queda acumulada de 5% e receita nominal com crescimento nulo (0,0%) em relação ao mesmo período de 2015. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e foram divulgados nesta quinta-feira (12), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro de 2015, o setor acusou queda de 4,6%. Com esses resultados, a taxa acumulada nos últimos 12 meses também ficou em -5%.

O crescimento de outubro para novembro de 2016, segundo o IBGE, se deu em todos os segmentos com destaque para Outros Serviços, cuja expansão foi de 3,3%; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (2,1%); Serviços de informação e comunicação (1%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%) e Serviços prestados às famílias (0,2%). O agregado especial das Atividades turísticas cresceu 0,5%.

A receita nominal do setor em novembro registrou a mesma variação positiva do volume dos serviços: 0,1% em relação a outubro, em ambos os casos na série com ajuste sazonal, e também na comparação com mesmo mês do ano anterior (série sem ajuste sazonal). No acumulado dos últimos doze meses, a receita nominal do setor também foi de 0,1%.

Onde o crescimento foi maior

Em relação a outubro, o volume de serviços cresceu mais na Bahia, Amazonas e Mato Grosso, mas 15 das unidades da federação apresentaram resultados regionais positivos no volume dos serviços em novembro frente a outubro e 12 observaram queda.

Na Bahia, o crescimento foi de 5,2%, o maior do país, e 5,1 pontos percentuais superior à media nacional do setor; no Amazonas (4,6%); e em Mato Grosso (2,6%). Já as maiores quedas foram observadas no Tocantins (-15,6%), Rondônia (-2,8%) e Santa Catarina (-2,2%).

Já na comparação com novembro de 2015 (série sem ajuste sazonal), todas as unidades da federação apresentaram queda, à exceção do Distrito Federal, onde houve estagnação (0,0%). As maiores quedas foram em Mato Grosso (-33,1%), Rondônia (-22,1%) e Tocantins (-19,6%).

CNC prevê dificuldade

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) disse nesta quinta-feira (12) que uma recuperação mais sólida do ritmo de atividade econômica no setor de serviços do país ainda está “relativamente distante”. Segundo a entidade, os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprovam a realidade da situação do setor.

A previsão da CNC é que o setor feche o ano de 2016 com perda de 4,9% em volume de receitas, ressaltando que, de 2012 a 2015, a receita real do setor variou positivamente em 2012, 2013 e 2014 (+4,3% e +4,1% e +2,5%, respectivamente), mas fechou 2015 já em queda de -3,6%.

A entidade lembra que o setor de serviços é o maior empregador do país, respondendo por 43% da atual força formal de trabalho.

Apesar do cenário, a CNC acredita que 2017 pode ser melhor, tendo em vista “a confiança dos empresários, a aceleração no corte de juros e o fechamento menos intenso de vagas de trabalho”.

Os comentários da CNC foram feitos com base nos números do IBGE e que indicam resultados ainda tímidos, com resultados predominantemente negativos nos dados sazonalizados.

Receitas crescem apenas 0,1%

A entidade disse que os números do IBGE indicam que, em novembro de 2016, o volume de receitas do setor de serviços cresceu apenas 0,1%, na comparação com outubro, interrompendo uma sequência de três quedas mensais consecutivas da série com ajustes sazonais – mesmo crescimento do volume dos serviços.

Apesar do resultado positivo, uma recuperação mais sólida do ritmo de atividade econômica no setor terciário ainda se encontra relativamente distante, uma vez que, na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve retração de 4,6%, a vigésima seguida, lembra Fabio Bentes, economista da CNC.

Para ele, “as perdas reais de receitas seguem assolando os cinco grupamentos de atividades da PMS desde abril de 2016”. Sendo assim, segundo o economista, “quando da divulgação dos resultados de dezembro, o setor de serviços terá confirmado 2016 como o ano de pior desempenho em volume de receitas desde o início da pesquisa”.

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