Sicomércio pede suspensão de impostos em Volta Redonda

by Paulo Moreira

Movimentação de pessoas nas ruas está quase nula e é essencial para o comércio
(Foto: Arquivo)

Volta Redonda – O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Volta Redonda (Sicomércio-VR), Jerônimo Pereira dos Santos, enviou ofício ao prefeito Samuca Silva pedindo a suspensão da cobrança do ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) por três meses para todas as empresas e por seis meses para as micro e pequenas empresas. O motivo seria a necessidade de preservar empregos no setor, no cenário de queda de vendas resultante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Boa parte do comércio da cidade já está com as portas fechadas, devido à necessidade de manter a população em casa, para reduzir as possibilidades de contágio pelo Covid-19

Já o presidente da Aciap-VR, Luís Fernando Cardoso, em entrevista ao DIÁRIO DO VALE no dia 18 de março, antes da decretação das medidas de restrição ao comércio na cidade, que as vendas em geral sofreram uma forte queda desde que o governador Wilson Witzel decretou uma série de medidas que restringem a circulação de pessoas no estado.

Na ocasião, ele defendeu que pelo menos parte do comércio precisa continuar funcionando para evitar desabastecimento de itens essenciais. No decreto em que definiu restrições ao comércio, o prefeito Samuca Silva levou isso em consideração, mantendo o funcionamento de diversos tipos de estabelecimentos, como supermercados, farmácias e postos de gasolina, mesmo com a aplicação de medidas para evitar que as pessoas ficassem muito próximas umas das outras.

Luís Fernando afirmou ainda que existem motivos econômicos que justificam a manutenção do comércio, mesmo com medidas restritivas.

– O comércio precisa funcionar para gerar emprego e renda. Uma paralisação prolongada pode causar graves problemas econômicos, sociais e até políticos – disse.

Já o empresário Antônio Cardoso, dono de uma tradicional rede de lojas de produtos de cama, mesa e banho, disse que em todo o período em que atua no setor, desde 1961, nunca havia visto situação semelhante.

– As lojas mesmo fechadas, geram uma série de despesas, com aluguel, salários e encargos sociais e outras despesas fixas. A queda nas vendas por causa da necessidade de as pessoas se isolarem já é ruim, mas fechar complemente por prazos longos pode ser desastroso – declarou, concluindo: “A crise está instalada”.

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2 comments

Fernando 23 de março de 2020, 00:12h - 00:12

Os caras fecham as portas, demitem e querem ficar sem pagar impostos? Com 2 dias fechados, já querem levar vantagem? É o risco de se trabalhar por conta própria. Se assumem.

Emir Cicutiano 22 de março de 2020, 17:14h - 17:14

Não adianta pedir ao município, que é o menor ente arrecadador. Tem que cobrar políticas do estado e da União Federal. A maior parte dos impostos partem deles…

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