Lutando: Direitos das pessoas com deficiência estão no centro das ações da cooperativa – Foto: Reprodução Facebook
Volta Redonda – De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), o Brasil possui 45 milhões de Pessoas com Deficiência (PCDs). Foi justamente pensando neste público que no dia 2 de fevereiro de 2002 foi fundada a Coopenea (Cooperadores com necessidades especiais e amigos). Atualmente, a entidade atende 600 pessoas.
Segundo a presidente Wanúbia de Carvalho, a Coopenea foi uma das responsáveis por incentivar a inclusão do deficiente nas classes regulares de ensino. Da mesma forma, chamou a atenção das autoridades para a necessidade de acrescentar em obras de construção e projetos de reforma, meios que facilitem a vida das pessoas com deficiência (rampas, elevadores, banheiros adaptados).
A entidade também foi responsável por reforçar a conscientização da importância de ter uma autoescola com veículo adaptado para pessoas com deficiências (PcDs) garantindo assim a sua primeira habilitação.
– Também lutamos pela efetivação do Transporte Cidadão e trabalhamos juntos aos órgãos públicos na luta pela acessibilidade de todos. Promovemos a divulgação e incentivo de leis que favoreçam portadores de necessidades especiais. Buscamos a inclusão dos PcDs no mercado de trabalho e ainda dispomos de um banco de dados curriculares online de pessoas com deficiência – diz.
Segundo Wanúbia, a Coopenea dispõe atualmente de um grupo de 20 voluntários, em sua maioria PcDs, sendo a principal força de trabalho da entidade. A presidente lembra que um total de 600 pessoas são alcançadas pelos diversos trabalhos e projetos desenvolvidos pela ONG.
Entre os eventos desenvolvidos pela entidade, se destacam a Colônia de férias inclusiva, que tem o apoio da Smac (Secretaria municipal de ação comunitária), e consiste de passeios inclusivos.
– Outro evento que realizamos é o “Dia D”, no qual reunimos 300 pessoas no SEST/SENAT em Barra Mansa. Trata-se de um dia em que o Ministério do Trabalho organiza várias empresas num espaço com a finalidade de contratar pessoas com deficiências. Após a participação, realizamos a confraternização do Dia D, onde nos reunimos para estreitar nossos relacionamentos – comentou.
A Coopenea também possui um banco de dados curriculares online de pessoas com deficiência, com 100 inscritos. Wanúbia destacou que dá para potencializar o alcance desse banco, se ele for mais bem divulgado.
– Não cobramos nada por esse trabalho, que é voluntario. Dispomos o PDF do banco de dados para empresas interessadas em contratar Pessoas com deficiência e tudo é gratuito para as empresas e inscritos – diz.
– A nossa página tem 1230 pessoas que acompanham nossas postagens. Também oferecemos oficinas diversas como música, desenho e informática, e outros, onde cerca de 100 alunos com deficiência já foram alcançados pelas oficinas. Também já colocamos 100 pessoas com deficiência no mercado de trabalho – ressalta.
A representante da Coopenea elogiou a parceria com a prefeitura, mas diz que há muito a ser feito pela mobilidade e acessibilidade.
– Volta Redonda tem que trabalhar mais o Social. A mudança vem também através da conscientização, mobilização das pessoas com deficiência e seus familiares. Estamos empenhados na busca de melhor qualidade de vida, na luta pelos nossos direitos, na inserção no mercado de trabalho enfim na Inserção de vida Plena, como todos os Cidadãos – afirma.
A representante da Coopenea diz que no momento uma das maiores dificuldades é a falta de uma sede própria.
– Estamos carentes de uma sede própria para melhor atender nossos assistidos. Um espaço central, na Vila ou no Aterrado. Não é luxo, é necessidade mesmo, por causa do acesso de todos os nossos Cooperados. Graças a Deus e a cooperação de Amigos, não estamos na rua – disse.
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