União será avalista de empréstimo para conclusão da obra de Angra 3

by Diário do Vale
Garantia: Empréstimo avalizado pelo governo vai permitir conclusão de Angra 3 (Foto: Arquivo /2012)

Garantia: Empréstimo avalizado pelo governo vai permitir conclusão de Angra 3
(Foto: Arquivo /2012)

Angra dos Reis

O Ministério de Minas e Energia divulgou hoje que a União, por meio da Secretaria do Tesouro Nacional, dará aval ao financiamento da Usina Nuclear Angra 3. Segundo o ministério, a, Eduardo Braga.

O aval permitirá a liberação de um financiamento de R$ 3,8 bilhões, negociado em junho de 2013 com Caixa Econômica Federal, pela Eletronuclear – subsidiária da Eletrobrás, responsável pelo empreendimento. O financiamento será usado para a compra de materiais, equipamentos e serviços estrangeiros. Angra 3 terá capacidade instalada de 1.405 megawatts, e sua conclusão está prevista para 2018.

Fórum

O diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, participará da 48ª edição do Japan Atomic Industrial Forum (JAIF), evento que debate, entre 13 e 14 de abril, as aplicações da matriz nuclear para geração de energia elétrica, sua aplicação na indústria e o cenário para a utilização dessa fonte ao redor do mundo após o acidente com a usina de Fukushima, em março de 2011.

Leonam Guimarães participa da primeira sessão do Fórum “Por que nuclear? Visões deste mundo”. Nessa mesa de debates, a proposta é apresentar a experiência de diversos países na utilização da energia nuclear e promover um intercâmbio de ideias a partir dessas aplicações.

Um dos temas centrais da sessão será discutir como os países que estão construindo, ou pretendem construir, novas usinas nucleares lidam com questões como segurança e condições climáticas. Além disso, haverá um debate sobre o papel de países que realizam projetos nucleares no exterior e como essas experiências podem ajudar o Japão no cenário atual.

Na palestra “Transição hidrotérmica: por que nuclear no Brasil?”, o diretor da Eletronuclear falará sobre a participação da matriz nuclear no país e do papel que as usinas atômicas num momento de escassez dos recursos hídricos nacionais. Outro ponto abordado por Leonam será a construção da Usina Angra 3 e os principais obstáculos para a expansão do uso de energia nuclear no Brasil.

Além de Leonam, participarão da sessão o presidente da Associação Japonesa de Jornalistas de Ciência e Tecnologia e moderador da sessão, Shigeyuki Koide; o vice-presidente da Associação Chinesa de Energia Nuclear, Chengkun Zhao; o diretor da Comissão Francesa de Energia Atômica e Fontes Alternativas, Christophe Behar; o professor titular do Departamento de Energia Atômica e ex-diretor da Corporação de Energia Nuclear da Índia, S.A. Bhardwaj; e o CEO substituto da empresa russa de equipamentos ROSATOM, Kirill Komarov.

Para o diretor da Eletronuclear, a participação da empresa no evento mostra que a comunidade nuclear internacional entende que o Brasil tem muito a contribuir para o debate em torno do desenvolvimento da indústria nuclear. “A importância do país está sendo reconhecida. Esse convite nos coloca numa posição de destaque frente às outras potências nucleares”, ressaltou Leonam.
Segundo ele, a iniciativa do Japão de manter o debate nuclear é benéfica para o crescimento da indústria nuclear em todo mundo e mostra que o país pretende continuar investindo nessa fonte de energia. “O Japão ainda valoriza muito as usinas nucleares, mesmo depois do acidente em Fukushima. É impressionante a magnitude deste encontro, que desperta o interesse do mundo inteiro”, salientou Leonam.

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