Monza, Itália – Vencedor do GP da Bélgica há duas semanas em Spa-Francorchamps, Lewis Hamilton chega à Itália ostentando mais uma vez a condição de favorito. Líder do Mundial de Fórmula 1 com 227 pontos em onze etapas, o britânico tem pela frente em Monza um circuito com características parecidas ao de Spa: longas retas, aceleração máxima na maior parte da volta e baixa pressão aerodinâmica. A corrida começa às 9 horas.
A julgar pelo desempenho na Bélgica, quando venceu de ponta a ponta após largar na pole, Hamilton deve encontrar em Nico Rosberg seu maior rival na pista. O alemão largou em segundo há duas semanas, mas perdeu posições na primeira volta e teve de se recuperar durante a prova. Seu ritmo, entretanto, se mostrou no mesmo nível do companheiro de equipe. “Spa foi realmente positivo para mim”, reconheceu Hamilton.
– Eu me senti confortável desde o começo e foi ótimo conseguir outra vitória em um dos circuitos clássicos da F1. Agora nós vamos para outro desses em Monza. É uma pista fantástica, tão rápida e com alguns dos fãs mais apaixonados que você encontra pelo mundo – completou.
A corrida na Bélgica teve duas grandes decepções e algumas surpresas, e fica a expectativa de ver como estes competidores vão se comportar neste domingo. Teoricamente a segunda força atrás da Mercedes em circuitos rápidos, a Williams decepcionou ao longo do final de semana, e não passou de um sexto lugar com Felipe Massa.
Às dificuldades na pista, a Williams adicionou trapalhadas: ao parar para trocar pneus, Valtteri Bottas saiu com três pneus macios e um médio, e foi obrigado a retornar.
Outra equipe da qual se esperava mais era a Ferrari, que em nenhum momento ameaçou a liderança da Mercedes. A escuderia, apostando no bom equilíbrio do carro e baixo consumo de pneus, acabou por deixar Vettel na pista por muitas voltas. Quando era terceiro e se aproximava de um pódio, o pneu traseiro direito do alemão estourou e acabou com a prova do tetracampeão. Kimi Raikkonen cruzou a linha de chegada apenas em sétimo.
Correndo em casa diante de sua fanática torcida, a Ferrari vai estrear uma nova versão de seu motor. O chefe Maurizio Arrivabene tenta manter as expectativas em termos realistas, e diz que a evolução não vai ser tão dramática.
“Nós usamos três ‘tokens’ para melhorar o motor para esta corrida. Eu não quero entrar em detalhes sobre que parte do motor nós modificamos, mas obviamente é importante para nós aqui fazer o que pudermos para ser competitivos, e aumentar a potência e o torque do motor”, confirmou o italiano.
Mas a escuderia italiana não é a única a ter motores novos para esta etapa. A própria Mercedes anunciou que também vai estrear uma nova versão de seu propulsor, e pelo número de ‘tokens’ de desenvolvimento utilizados, os últimos sete que a equipe tinha direito para 2015, a evolução pode ser ainda mais significativa do que a da Ferrari. A nova verão equipará somente os carros da Mercedes, com as equipes clientes, Williams, Lotus e Force India, permanecendo com a versão utilizada em Spa.
Lotus e Force India foram, por sinal, duas equipes que surpreenderam na Bélgica ao superarem a Williams. Romain Grosjean fez ótima prova e subiu ao pódio após o abandono de Vettel. Já Sérgio Pérez cruzou a linha de chegada em quinto.
“Eu ainda carrego um grande sorriso na cara. Que corrida e que performance de todos na equipe”! Eu provavelmente guiei minha melhor prova da carreira”, admite Grosjean.
“No papel, Monza é mais adequada ao nosso carro do que Spa, então em teoria um pódio pode ser possível novamente”, torce o francês.
A largada para o Grande Prêmio da Itália está marcada para as 9 horas da manhã deste domingo, no horário de Brasília.