Tóquio- O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos divulgou o seu novo orçamento nesta terça-feira e revelou que o custo oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio aumentou 22%. Agora, a previsão é de que a Olimpíada custará US$ 15,4 bilhões (R$ 79 bilhões). O adiamento do megaevento para 2021 vai custar US$ 2,8 bilhões (R$ 14,4 bilhões).
As despesas em relação a esse aumento vêm da renegociação de contratos e medidas de combate à pandemia de covid-19. A Olimpíada está marcada para começar no dia 23 de julho, e a Paraolimpíada, em 24 de agosto.
As auditorias do governo japonês nos últimos anos, no entanto, mostram que os custos são maiores do que o declarado oficialmente e são de pelo menos US$ 25 bilhões (R$ 128 bilhões)
Os organizadores haviam dito que os Jogos Olímpicos custariam cerca de US$ 7,5 bilhões (R$ 38 bilhões) quando Tóquio foi confirmada como sede. Um estudo da Universidade de Oxford este ano disse que está Olimpíada será a mais cara da história.
“A Olimpíada de Tóquio está operando em um ambiente muito difícil”, disse Toshiro Muto, CEO do Comitê Organizador, quando questionado sobre a ampliação dos custos. Muto sugeriu que os jogos deveriam ser vistos como um investimento.
As entidades governamentais japonesas são responsáveis por todos os custos, exceto US$ 6,7 bilhões (R$ 34 bilhões) proveniente de um orçamento operacional com financiamento privado.
“O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Organizador de Tóquio querem que o orçamento público seja o menor possível, não apenas para se proteger de críticas públicas, mas também para não desencorajar futuras cidades candidatas a sediar o megaevento”, escreveu Franz Waldenberger, diretor do Instituto Alemão de Estudos Japoneses em Tóquio, em um artigo recente em que examinou detalhadamente os custos olímpicos.
Waldenberger observou que o governo da cidade de Tóquio e governo central japonês usam a Olimpíada como “uma janela de oportunidade para obter financiamento adicional”.
Os organizadores anunciaram em outubro reduções de custos de US$ 280 milhões (R$ 1,4 bilhão), cortando despesas que julgaram desnecessárias, incluindo ofertas de hospitalidade. No entanto, nenhum corte foi feito no programa de esportes com um complemento total de 11.000 atletas e dezenas de milhares de funcionários, juízes e patrocinadores que devem comparecer.
Os organizadores locais estão tentando recuperar alguns dos custos crescentes em busca de mais receita de patrocinadores locais. Cerca de 70 patrocinadores já contribuíram com um recorde de US$ 3,3 bilhões (R$ 16 bilhões), valor impulsionado pela Dentsu Inc., agência de publicidade mais rentável do Japão.
O jornal Nikkei noticiou na semana passada que “15 patrocinadores locais de primeira linha irão adicionar uma estimativa US$ 150 milhões (R$ 771 milhões) em suas contribuições. A Japan Airlines e a Tobu Skytower estariam nessa lista.
Fonte Agência Estado*.