Tóquio – Não passa pela cabeça dos organizadores cancelar a Olimpíada de Tóquio-2020 por causa do coronavírus, mas é de muito bom agrado diminuir os gastos com a competição que está prevista para ser disputada de 23 de julho a 8 de agosto do ano que vem.
Os cálculos no Japão apontam que o adiamento dos Jogos por um ano por causa da pandemia poderá custar de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 9,8 bilhões) a US$ 6 bilhões (R$ 29,5 bilhões). O problema maior é saber o que poderá ser cortado do orçamento.
Os organizadores esperam que surja uma melhor compreensão científica da pandemia e medidas que a capital japonesa poderá tomar para combatê-la. “Nós, juntamente com o Comitê Olímpico Internacional (COI), começamos a avaliar os níveis de serviço que planejamos originalmente”, disse Toshiro Muto, diretor executivo do comitê organizador, após uma reunião virtual com o Conselho de Administração do COI na Suíça, nesta quarta-feira. “Estamos em processo para identificar mais de 200 pontos que poderiam ser simplificados”.
Como aconteceu há dois meses e meio, quando da decisão do adiamento dos Jogos, Muto não apresentou nada específico nem ofereceu exemplo de como diminuir os gastos. “Não alcançamos o nível ou o ponto de ter ideias completas de como simplificar os Jogos.” Reduzir o desfile da tocha e combinar as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e Paralimpíada são algumas opções.
Muto, ex-vice-governador do Banco do Japão, se recusou a dar números sobre quanto economizar com os cortes. “Eu não acho que a situação atual nos justifique fornecer os números exatos.” Yoshiro Mori, Presidente do Comitê Organizador e ex-Primeiro Ministro do Japão, também falou em termos gerais. “Neste momento, não posso dizer com certeza que tipo de Jogos estamos planejamento. O que eu quero dizer é que vamos ouvir, estudar e discutir como devem ser os Jogos. Como eles poderão ser.”
Mori também não definiu se haverá a presença de público. “Os fãs são importantes, mas não posso dizer como será nossa relação com a covid-19. Como podemos prever o futuro? Também consideraremos esse aspecto”.
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