A lenda do Rei Arthur na versão do Guy Ritchie

by Diário do Vale

Depois de uma série de filmes futuristas, que incluiu “Guardiões da Galáxia Vol. 2” e o “Alien: Covenant”, o cinema se volta para o passado esta semana. “Rei Arthur: A Lenda da Espada”, do diretor Guy Ritchie, adapta o mito da espada Excalibur para as plateias do cinema pós-moderno. Já “Corra!” é um filme de terror sobre um rapaz negro que namora uma jovem branca e tem uma surpresa muito desagradável ao visitar os pais dela. A direção é do ator Jordan Peele.

A história do Rei Arthur e dos cavaleiros da Távola Redonda já foi contada muitas vezes no cinema. As versões anteriores incluem o musical “Camelot” de 1967 com o Richard Harris e a Vanessa Redgrave, o desenho animado “A espada era a lei” que a Disney produziu em 1963 e, é claro, o “Excalibur” do John Boorman (1981) que teve a Helen Mirren roubando a cena no papel da bruxa Morgana, a arqui-inimiga do rei Arthur.

A diferença é que quase todos esses filmes, com exceção do desenho da Disney, concentram-se nos problemas que Arthur Pendragon enfrentou para unificar a Inglaterra durante seu reinado. Já Guy Ritchie se concentra na história de como Arthur (Charlie Hunnan) se tornou rei ao conseguir tirar a espada mágica da pedra. A mudança é compreensível já que o cineasta adora histórias sobre a origem de personagens famosos. Ele já fez um filme sobre a origem do detetive Sherlock Holmes e outro sobre a origem dos agentes da U.N.C.L.E.

Quem já viu “Rei Arthur: A Lenda da Espada” compara o filme com o “Batman Begins” do Christopher Nolan com um toque do seriado “Game of Thrones”, o que não é nada mal. Como em todas as versões da lenda, estamos de volta a um tempo de magos e feiticeiras, quando a Inglaterra não tinha um soberano único e vivia mergulhada no caos. Surge uma espada mágica, Excalibur, que foi cravada em uma pedra por ninguém menos do que o mago Merlin. E aquele que conseguir tirar a espada será o novo rei dos ingleses.

Nesse contexto surge o jovem Arthur Pendragon, que seria o herdeiro legítimo do trono. Mas seu pai, o antigo rei, foi assassinado pelo tio de Arthur, Vortigern (Jude Law) que se apodera do trono. Para não ter o mesmo destino do pai, Arthur é escondido, e cresce nas ruas, entre prostitutas e plebeus. Como Sherlock Holmes, ele participa de torneios de lutas de rua até descobrir a espada mágica, cuja posse o levará ao trono.

Como é costume no cinema moderno alguns detalhes da lenda são alterados. O mago Merlin, protetor de Arthur, torna-se aqui a bruxa Mage, interpretada pela francesa Astrid Berges Frisbey. Eric Bana faz uma ponta como o rei Uther, pai de Arthur. No começo ele repele um ataque do mago Mordred (filho da Morgana) que lidera um exército de elefantes imensos (é claro que Guy Ritchie viu “300”).

Como é costume dos filmes modernos tudo é exagerado, com a espada Excalibur exibindo poderes de que nunca ouvimos falar. Mas a plateia que gosta de aventuras medievais no estilo do “Senhor dos Anéis” ou do “Game of Thrones” não vai ter do que se queixar. A produção gastou 175 milhões de dólares em cenários e efeitos visuais e o filme é bem animado.

rei arthur

‘Rei Arthur: A Lenda da Espada’: Produção gastou 175 milhões de dólares em cenários e efeitos visuais

Suspense

Já quem gosta de filme de terror com um toque criativo pode conferir o “Corra!”. Daniel Kaluya é o jovem negro Chris Washington que namora uma moça branca de uma família europeia, Rose Armitage (Allison Williams). Como é costume em qualquer relacionamento ele é convidado para visitar a família dela, que mora no interior.

Os Armitage recebem o rapaz de braços abertos e se esforçam em demonstrar que não tem preconceitos de qualquer espécie. Mas Chris começa a perceber que tem alguma coisa muito sinistra acontecendo naquela família.

 

 

Por Jorge Luiz Calife

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1 comment

Anderson 18 de maio de 2017, 10:20h - 10:20

O filme Rei Arthur parece muito interessante, mas foi massacrado lá fora pela crítica e vai dar um baita prejuízo para o estúdio, pois foi um fracasso na abertura e custou uma fortuna.
Já o filme Corra foi um sucesso total, custando 4,5 milhões e rendendo até o momento 214 milhões.

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