A mulher biônica brasileira ganha sua antologia

by Diário do Vale
 Futuro: Uma guerreira biônica made in Brasil


Futuro: Uma guerreira biônica made in Brasil

“Shiroma – Matadora cyborgue” é o mais novo livro do escritor Roberto de Souza Causo. Natural de São Paulo, Causo é um dos autores mais conhecidos na nova ficção científica brasileira. Sua especialidade são temas militares, e aventuras espaciais. Publicando pela Devir, Causo criou uma aventura de guerra espacial passada no século XXV envolvendo vários heróis brasileiros. Já comentei aqui sobre o primeiro livro da série “Glória Sombria” onde o comandante Jonas Peregrino enfrenta um ataque de robôs alienígenas nas colônias espaciais da Terra.

A série da Shiroma, uma assassina de aluguel cyborgue, foi criada para o projeto Portal, uma série de revistas de pequena tiragem publicadas entre 2008 e 2010. Um dos contos acabou sendo publicado na Espanha, na antologia Voz das Estrelas. Shiroma vive no mesmo universo do Jonas Peregrino ainda que os dois personagens raramente trabalhem juntos. No universo do Causo as viagens interestelares já se tornaram comuns e a humanidade colonizou vários planetas, apesar de enfrentar a oposição de um exército de robôs alienígenas.

Seres humanos modificados por implantes biônicos são muito comuns neste universo. Em “Glória Sombria” o herói captura uma espiã de busto farto e descobre que os seios turbinados da mulher ocultam instrumentos de espionagem eletrônica. Shiroma, a assassina cyborgue, não tem esse equipamento, mas é tão cheia de componentes eletrônicos quanto a antiga mulher biônica da televisão.

A capa do livro aí ao lado é de autoria do artista Vagner, que também fez a capa dos livros deste que voz escreve. E mostra a personagem no seu ambiente. O mundo de gravidade zero das naves espaciais e das armas de raios laser do futuro. Causo talvez não saiba, mas sua Shiroma é uma espécie de sucessora da Brigitte Montfort, uma espiã assassina que fez sucesso nos livros de bolso da editora Monterrey, durante as décadas de 1960 e 1970. A diferença é que a Brigitte não contava com os acessórios e as armas futuristas da personagem do Roberto. Sem falar que o texto do Causo é muito melhor.

 

Por Jorge Luiz Calife

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1 comment

Sebastião - TST 26 de julho de 2016, 05:51h - 05:51

Pergunto: o que de bom esse livro trará a humanidade? Será que promoverá a paz no coração dos homens? Êxodo 20 tem a resposta.

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