Roberto Causo é um dos nomes mais conhecidos da moderna ficção científica brasileira. Vivendo em São Paulo ele já produziu vários contos e romances premiados. E ultimamente vem se dedicando a um gênero mais popular. As histórias de aventuras sobre a heroína Shiroma, uma assassina ciborgue que percorre uma galáxia colonizada pelo homem no século 25. A última aventura da personagem, que esta disponível no e-book Shiroma: Phoenix Terra mistura, como sempre duas ideias que fazem muito sucesso na TV e no cinema: A space opera, como a do seriado “O Mandaloriano” e o mito da mulher fatal que deixa um rastro de cadáveres por onde passa.
Shiroma é como aquelas personagens dos filmes do francês Luc Besson. Como a Nikita, a Lucy da Scarlett Johansson ou a espiã russa do filme “Anna: O perigo tem nome”. O leitor já sabe que ela vai exterminar todos os adversários que se colocarem em seu caminho. A única curiosidade é saber como. A Shiroma do Causo me lembra muito a Brigitte Montfort, personagem de livros de bolso criados pelo espanhol Antonio Vera Ramírez, que assinava sob o pseudônimo de Lou Carrigan. Sucesso nos anos de 1960 os livros da espiã implacável venderam milhões de exemplares com capas criadas pelo mestre da ilustração brasileira Benício.
Montofort era agente da CIA e vivia nos tempos da guerra fria. Como aquela personagem interpretada pela Charlize Theron no filme “Atômica”. Já a Shiroma do Causo vive no futuro. Ainda menina ela foi sequestrada por criminosos e treinada para ser uma assassina invencível. Já adulta recebeu implantes cibernéticos que a transformaram em ciborgue. Uma mistura de mulher e robô. Ficou tão poderosa que acabou se revoltando contra seus criadores. E passou a lutar contra um sindicato do crime interplanetário.
O mais interessante nessa ficção do Causo são os mundos extraterrestres que ele imagina. Como o planeta Phoenix Terra com suas florestas cheias de um polem que sufoca os seres humanos. O livro esta saindo pela editora Malean Studio
Jorge Luiz Calife