A romântica Mulher Maravilha

by Diário do Vale

Amor: Diana e Steve apaixonados em Washington

A Mulher Maravilha está mais romântica do que nunca.  E usa os poderes de uma pedra mágica para reencontrar o grande amor de sua vida – o piloto Steve Trevor -, que tinha morrido durante a Primeira Guerra Mundial no filme de 2017. “Mulher Maravilha 1984” foi exibido em poucos cinemas devido a pandemia do coronavírus. Mas, mesmo assim atingiu uma renda de 38 milhões de dólares, sendo 17 milhões só no Brasil. Como outros lançamentos recentes, o filme encontrou o seu maior público na TV, através de um canal de streaming. Disponível no HBO Max o filme da diretora Patty Jenkins se tornou o mais visto do ano nesta plataforma.

Apesar do sucesso a produção dividiu o público. Os fãs dos quadrinhos apontaram logo as inconsistências da história e alguns absurdos técnicos. Mas, a maior parte do público não está nem aí para esses detalhes e aderiu ao romantismo do roteiro. Foi o caso dos orientais. O filme esta fazendo um sucesso tremendo na China.

Como diz o título, a história se passa em 1984, durante o auge da Guerra Fria do presidente Ronald Reagan com a União Soviética. Diana Prince, a Mulher Maravilha, mora em Washington, onde trabalha no museu Smithsonian. Um detalhe que incomodou os nerds, fãs dos personagens da DC. Afinal, no filme da Liga da Justiça, Diana disse para o Batman que tinha ficado isolada do mundo dos homens desde a Primeira Guerra Mundial. Mas, os roteiristas de filme de super-heróis vivem mudando a história de seus personagens e é bobagem buscar uma coerência entre filmes de diretores diferentes.

Esqueçam o que aconteceu na Liga da Justiça. Aqui, Diana vive uma vida de mulher rica e famosa, frequentando os lugares mais chiques da capital americana. Logo no início do filme ela impede o assalto a um shopping center numa sequência que lembra o estilo “camp”, bem humorado, dos primeiros filmes do Superman. Que fazia esse tipo de coisa na década de 1980. Deve ser o meio de a diretora situar o filme no estilo daquela época.

Mas, como o público moderno não aceitaria esse tipo de autoparódia, logo depois o filme fica um pouco mais sério. O FBI pede a Diana que identifique umas antiguidades roubadas. E uma das peças é a “dreamstone” (pedra dos sonhos). Uma joia com uma inscrição em latim. Que garante ser capaz de conceder qualquer desejo a pessoa que a possui.

Diana deseja rever seu amor perdido, Steve Trevor. E acaba por reencontrá-lo num baile de gala em Washington. Na verdade Steve não saiu da tumba, a personalidade e as memórias dele foram “encarnadas” num homem de 1984 pelos poderes da dreamstone. E só Diana vê esse homem como seu amado. É mais ou menos como naquele filme “O amor é cego” em que o Jack Black namorava uma mulher incrivelmente gorda, mas a via com as formas da Gwyneth Paltrow.

Enquanto Diana passeia pela noite de Washington, embevecida pelo seu amor renascido, a pedra dos desejos vai parar nas mãos de pessoas mal intencionadas. Uma delas é a colega de trabalho da heroína no Smithsonian, Barbara Minerva. Que pede que a pedra a transforme em uma pessoa igual a Diana, sem saber que isso vai lhe dar superpoderes. E transformá-la em uma supervilã, a Cheetah (que os fãs já conhecem dos quadrinhos e dos desenhos animados da Liga da Justiça). Outra pessoa que quer usar os poderes da dreamstone para o mal é o empresário Max Lord interpretado pelo Pedro Pascal (o Mandaloriano da TV).A diretora Patty Jenkins disse que o personagem foi inspirado no Lex Luthor dos filmes do Super-Homem e no vilão Gordon Gekko do filme “Wall Street” do Oliver Stone. Mas muita gente viu semelhança no desejo de poder a qualquer custo de Lord com o comportamento do Donald Trump.

Com os poderes da pedra Lord ameaça iniciar a Terceira Guerra Mundial. O que obriga Diana e seu amado a partirem para o Egito na tentativa de evitar a catástrofe. E aqui temos uma das sequências que incomodaram nerds e geeks. Diana e Steve Trevor voam para o Egito em um avião de caça Panavia Tornado do acervo do museu Smithsonian. Aviões guardados em museus não costumam ter combustível em seus tanques. E mesmo que tivesse um Tornado nunca teria autonomia para voar de Washington para o Egito sem escalas. Mas com a força do amor impulsionando Diana e Steve, quem pode dizer o que é possível e não é. O resultado é um filme divertido e alto astral, perfeito para esquecer os tempos sombrios em que vivemos.

 

Jorge Luiz Calife

Armadura: A heroína pronta para a luta

 

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