A volta da baleia mais famosa do mundo

by Diário do Vale

Mesmo aqueles que não são muito amigos dos livros já devem ter ouvido falar de Moby Dick. A grande baleia branca que atormenta o capitão Ahab e sua tripulação. O romance clássico do escritor americano Herman Melville já inspirou vários filmes e até um desenho animado da Hannah Barbera. Agora o romance original poderá ser desfrutado em toda a sua grandeza numa reedição da editora Nova Fronteira. Que custa em torno dos 40 reais, uma pechincha em se tratando de uma obra prima desta magnitude.

O que torna Moby Dick uma obra prima não é história da baleia e de seu inimigo mortal. É o modo como a história é contada. Herman Melville mistura diálogos shakespearianos com descrições científicas precisas e reflexões sobre o bem e o mal. Numa salada de gêneros que foi mal recebida pelos críticos, quando o livro foi publicado pela primeira vez em 1851.

A história é contada pelo marujo Ishmael, tripulante do navio baleeiro Pequod, que embarca numa caçada sob o comando do capitão Ahab. No século dezenove as baleias eram caçadas pelo seu óleo, usado em lamparinas, e pelo espermacete, contido nos animais da espécie cachalote. Naquele tempo não existia a tecnologia moderna dos barcos a motor e dos arpões com granadas na ponta, que quase extinguiu a espécie no século vinte. Caçar baleias era uma atividade muito perigosa feita com navios veleiros e homens em pequenos barcos a remo.

Moby Dick é um enorme cachalote albino que comeu a perna do capitão Ahab em um encontro anterior. Ele passou a usar uma perna de pau e jurou matar o animal que o mutilou. Obcecado e a beira da insanidade, ele leva sua tripulação através de mares tempestuosos, numa perseguição implacável que só pode terminar em uma grande tragédia.

O romance é inspirado num fato real. Em 1820 um veleiro de madeira foi afundado por uma baleia furiosa, a 3200 quilômetros da costa da América do Sul. Só oito homens sobreviveram e um deles, o marinheiro Owen Chase escreveu um livro narrando seu infortúnio. A baleia que destruiu o Essex não era branca como a Moby Dick de Melville. O autor se inspirou em outro acontecimento da época, a captura de um cachalote albino, Mocha Dick, que tinha vinte arpões encravados em sua pele.

 

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1 comment

Anderson 7 de fevereiro de 2018, 07:56h - 07:56

Uma adaptação excepcional desta obra foi lançada recentemente pela editora Pipoca & Nanquim, escrita e desenhada pelo francês Chabouté. A arte é incrível! Um bom complemento para o livro, que é uma obra prima eterna.

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