O assessor internacional da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Eduardo Valente, disse que a projeção do setor audiovisual brasileiro no mercado externo é um objetivo complementar para a entidade. Ele reconheceu que o país ainda precisa ampliar a presença de suas produções no mercado interno antes de dar prioridade às exportações. As informações são da Agência Brasil.
– Antes temos que acabar um processo recém-iniciado de restabelecimento da presença interna – disse Valente.
Segundo ele, “o desafio” da Ancine ainda é o mercado interno: o crescimento do número de salas e a necessidade de mais presença dos filmes brasileiros nas salas de projeção. Para ele, outras prioridades é a regulamentação da Lei da TV a Cabo.
Eduardo Valente disse que a agência trabalha para estabelecer parcerias com países que vivem momento semelhante ao brasileiro na indústria do audiovisual. O objetivo é aumentar o número de coproduções. Essas parcerias começaram com países latino-americanos e europeus, como Portugal, Itália e França e, agora, avança entre os membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e países que demonstram interesse pelo cinema brasileiro, como Nova Zelândia e Bélgica.
– A coprodução, para um país como o Brasil, que tem um mercado consumidor muito grande e que tem, ao mesmo tempo, essa barreira do português como língua materna é o caminho natural – ressaltou o Valente.
De acordo com ele, filmes rodados em línguas mais faladas internacionalmente, como inglês, espanhol e francês, têm mais facilidade de circulação internacional.