Luiz Calife –
“Garota Exemplar” (Gone Girl) é um drama dirigido por David Fincher (Os Sete Pecados Capitais) que foi praticamente ignorado pelos cinemas da nossa região. Passou apenas lá em Valença. Não tem problema, o filme, que entusiasmou a crítica internacional já está disponível em DVD e é um dos mais locados. No elenco Ben Affleck, que vai ser o novo Batman de Hollywood em um desempenho memorável. A aparência jovial faz com que Affleck seja sempre escalado para viver personagens alegres e de bem com a vida. Com a experiência e a maturidade o ator tem mostrado o seu valor em outros tipos de papel. É o caso deste “Garota Exemplar”. No filme Affleck é Nick Dunne, um sujeito normal, bom marido, casado com o que parece ser a esposa perfeita. Amy (ex-Bond girl) Rosamund Pike, é bonita, inteligente, dedicada e, aparentemente apaixonada por ele.
Mas a vida do nosso herói vira do avesso. Um dia, ao retornar do trabalho ele encontra a casa arrombada, sangue, sinais de luta e nem sinal de Amy. A polícia vasculha a casa e encontra restos de um diário, semidestruído na lareira, onde a desaparecida acusa o marido de maltrata-la e ameaça-la. E em uma reviravolta kafkiana Nick torna-se o principal suspeito de ter assassinado sua mulher e sumido com o corpo. A mídia o condena sem provas, o FBI o persegue. O filme é cheio de reviravoltas, e vou parar por aqui para não estragar as surpresas de quem ainda não viu. Mas preparem-se para um final surpreendente.
A crítica não poupou elogios tanto a Affleck quanto a sua parceira. Para os fãs dos quadrinhos foi uma surpresa ver Affleck escolhido para ser Batman/Bruce Wayne no primeiro filme da trilogia da Liga da Justiça. “Batman e Superman: Alvorecer da Justiça” que já está sendo filmado sob a direção do Zack Snyder. O filme repete a maior parte do elenco do “Homem de Aço” incluindo Henry Cavill como Clarke Kent/Superman e a Amy Adams como Lois Lane. E Affleck deve ter treinado para fazer aquela cara mal-humorada do homem morcego neste filme aqui. Com ele o ator se livrou do estigma de ser escalado sempre para comédias bobinhas, como o “Forças do Destino” da Sandra Bullock.