Carnaval do Rio deve receber um milhão de turistas

by Diário do Vale
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Carnaval do Rio: Números da Secretaria de Turismo indicam que cerca de cinco milhões de foliões deverão desfilar nos 505 blocos e 650 desfiles programados (Foto: ABr)

Rio –  O Rio de Janeiro deve receber cerca de um milhão de turistas para o carnaval carioca, injetando aproximadamente R$ 3 bilhões na economia da cidade, informou o secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello, durante apresentação do planejamento operacional do Carnaval de Rua 2016. No domingo de carnaval, 11 navios devem atracar no porto da capital fluminense, número recorde para o período. As informações são da Agência Brasil.

De acordo com o secretário, cerca cinco milhões de foliões devem brincar o carnaval carioca nos 505 blocos e 650 desfiles programados. “São números olímpicos. Mostra um Carnaval forte, que injeta recursos na economia em um momento difícil do Brasil”.

Antonio Pedro destacou a importância dos patrocinadores do Carnaval, que, segundo ele, geraram economia de R$ 20 milhões para os cofres municipais na organização do evento.

A expectativa da Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ) é de ocupação de 85% dos quartos, percentual parecido com o de 2015 (84%). Para este ano, a cidade conta com 15 mil leitos a mais que no ano passado.

Ao todo, 16 monumentos serão protegidos durante os desfiles e 15 km de canteiros cercados nos pontos de maior concentração de multidões. “O ideal seria que não precisasse de proteção, mas, infelizmente, percebemos ao longo dos anos que as pessoas continuam degradando estátuas e canteiros”, disse o secretário de Turismo.

Serão disponibilizados 25,5 mil banheiros químicos, aumento de 2.832% em relação a 2009, quando foram montados 900 banheiros. Para Antônio Pedro, o número de banheiros químicos será suficiente para o público esperado.

“A cidade deve ser tratada como sua casa ou a de um amigo. Você precisa se programar para ir ao banheiro. Ninguém bebe até o talo e depois vai fazer xixi na sala do amigo, porque não conseguiu segurar na fila. Educação é primordial”, acrescentou.

Conforme o planejamento, 235 equipes do lixo zero estarão nos blocos para punir quem for flagrado jogando lixo. A multa para quem for pego fazendo xixi na rua é de R$ 510 e de R$ 180 para quem jogar lixo fora do lugar indicado.
A Secretaria de Saúde vai disponibilizar dois postos de pré-atendimento em Copacabana, um em Ipanema e dois postos no Centro, com profissionais de saúde e leitos para atender os foliões. No ano passado, foram atendidas 765 pessoas nesses postos.

Blocos do Rio com patrocínio terão de ter licença dos bombeiros para desfilar

A Justiça do Rio decidiu obrigar o município do Rio a não conceder autorização administrativa para realização de desfiles de blocos com patrocínios sem autorização prévia do Corpo de Bombeiros. A decisão atende solicitação da 2ª. Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção da Ordem Urbanística do Ministério Público do Rio (MPRJ).
A medida suspende o desfile dos blocos que não tenham conseguido autorização. Em caso de descumprimento, foi estipulada multa mínima de R$ 100 mil por desfile não autorizado.

De acordo com a ação civil pública que originou a decisão, a prefeitura também terá de encerrar completamente o desfile dos blocos autorizados no máximo até uma hora após o término de sua passagem, suspendendo-se, após este tempo qualquer forma de sonorização, comercialização de bebidas por vendedores ambulantes autorizados ou não. Neste caso, a multa mínima foi fixada em R$ 100 mil reais por hora extrapolada.

Conforme a decisão, “deve ser traçada uma distinção dos blocos que se revelam verdadeiras manifestações culturais populares daqueles com caminhão de som, intenso e planejado merchandising, que levam multidões para as ruas e fazem a exibição de marcas”.

Ordem e segurança

O juiz Claudio Augusto Ferreira, da Central de Assessoramento Fazendário da 9ª Vara de Fazenda Pública, autor da decisão, considera fundamental a autorização do Corpo de Bombeiros como forma de prevenção contra eventuais transtornos causados pelo desfiles de blocos com número de foliões cada vez maior, muitas vezes no mesmo horário e em locais próximos.

“O gigantismo de determinados blocos carnavalescos, em descompasso com os logradouros públicos utilizados, bem como a apresentação de blocos em um mesmo bairro, são fatos notórios dos últimos anos. Eles geram diversos problemas aos cidadãos e comerciantes dos bairros atingidos, bem como restringem a prestação de serviços públicos relevantes, principalmente para aqueles que dependem do tráfego de veículos”.

Na decisão, o magistrado informou que cabe à prefeitura zelar pela ordem e segurança dos eventos públicos, principalmente onde ocorram grandes concentrações.

“Incumbe ao município do Rio de Janeiro, incentivador do resgate do carnaval de rua, providenciar alguma organização dessas manifestações. Certamente a prefeitura, por sua Secretaria de Turismo e Riotur, há de articular-se com os órgãos de segurança pública estatal (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar), além de órgãos municipais de ordenação, tais como Guarda Municipal e Comlurb [Companhia de Limpeza Urbana].”

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