Na última quinta-feira (21) foi comemorado o dia internacional da Síndrome de Down. Para lembrar a data, a partir deste domingo (24) o Espaço de Artes Zélia Arbex, em Volta Redonda, recebe a mostra “Como eu era antes da Síndrome de Down” organizada pelo Projeto Amigos Especiais.
A exposição, que fica aberta ao público até o próximo domingo, dia 31, traz imagens de nove fotógrafos, que se sensibilizaram com uma postagem em uma rede social feita por Vitor Mesquita, que é idealizador do projeto. O post convidava profissionais que quisessem participar, apadrinhar e fotografar essas crianças.
– O conceito do convite era chamar atenção de vários fotógrafos e explicar que eles teriam que apadrinhar duas crianças e pensar em um ensaio que combinasse com o perfil de cada uma. Foi bem interessante – explica Vitor.
O projeto existe há sete anos e vem proporcionando a inclusão social de aproximadamente 50 pessoas, entre crianças e jovens. Segundo Vitor, a ação é independente, não tem envolvimento com a Associação de Pais e Amigos dos Especiais (Apae) e tem planos para que se transforme em uma ONG.
– Através de parcerias, as famílias, uma vez cadastradas, são atendidas por médicos pediatras, fonoaudiólogos e psicólogos através de palestras. Estes serviços servem como forma de orientar aos pais diante das necessidades básicas do dia a dia dessas crianças e jovens. Damos assistência às famílias desde o primeiro momento. Elas acabam tendo certa dificuldade de saber lidar com a notícia, pois o primeiro ano de vida costuma ser bem difícil. Queremos estender este trabalho e transformar este Projeto em uma ONG para atendermos mais famílias – esclarece.
Kevin de Oliveira é fotógrafo e participou dos ensaios. Ele relata que se interessou em participar do Projeto após visualizar a publicação na rede social. Para ele, esta experiência foi diferente e emocionante.
– Eu vi a publicação e me interessei. No começo fiquei apreensivo porque, mesmo estando acostumado a fotografar crianças, ainda não tinha trabalhado com crianças com Síndrome de Down, mas depois me soltei. Apadrinhei um casal de crianças entre dois e três anos. Eles também ficaram envergonhados no início, mas depois se soltaram e conseguimos realizar um belo trabalho. Foi emocionante – conta.
Ainda segundo Vitor, as crianças e os jovens com Síndrome de Down passam por diversas atividades dentro do Projeto, tais como oficinas de culinária, trabalhos visuais com exposições fotográficas, baladas teen para os adolescentes do grupo.
– Fazemos de tudo para ajudar estas famílias a lutarem contra o preconceito. A gente busca informação para ajudá-los no seu desenvolvimento. Isso, da melhor forma possível – destaca.
Quem tiver interesse em saber mais sobre o Projeto Amigos Especiais, pode entrar em contato com Vitor Mesquita através do telefone: (24) 999383893 ou através das redes sociais https://www.facebook.com/projetoamigosespeciais/
Serviço:
A exposição “Como eu era antes da Síndrome de Down” será aberta para o público neste domingo (24), às 11h30, no Espaço de Artes Zélia Arbex. A visitação poderá ser feita até o dia 31 de março, das 10h às 18h.
Por: Pollyanna Moura