Jorge Luiz Calife
Apesar de toda a nudez do Carnaval, ainda circulam pela internet as fotos da atriz Paolla Oliveira, seminua na minissérie “Felizes para sempre?” da Rede Globo. Ao contrário do que previa o teatrólogo Nelson Rodrigues em sua peça “Toda nudez será castigada” a da Paolla não foi. E a estrelinha da Globo juntou-se a imensa galeria de atrizes, brasileiras e estrangeiras que chamaram a atenção da mídia e do público simplesmente tirando a roupa e desfilando diante de uma câmara de cinema ou TV.
Hedy Lamarr
A primeira pelada do cinema foi à atriz austríaca Hedy Lamarr. Ela nadou nua e desfilou por um bosque no filme “Estase”, de 1933. E olhe que Lamarr não usou nem biquíni fio dental como a Paolla Oliveira. Com a Segunda Guerra Mundial a atriz, que também era cientista e inventora, mudou-se para os Estados Unidos onde estrelou o épico bíblico “Sansão e Dalila” em 1949 (no papel de Dalila, claro). Aí, simplesmente cansou-se da vida artística e resolveu se dedicar a ciência. Inventou um sistema de radar usado pelos aviões da Força Aérea Americana e acabou condecorada por serviços prestados ao Tio Sam. Até hoje nenhuma outra pelada do cinema ou da TV conseguiu superar a senhora Lamarr.
Marilyn Monroe
Enquanto Lamarr deixava o cinema, em 1949, outra mulher nua começava a fazer sucesso em Hollywood, a loira Norma Jean, mais conhecida como Marilyn Monroe. Norma Jean trabalhava em uma fábrica de material bélico quando foi descoberta por um fotógrafo. Tornou-se uma modelo bem sucedida e acabou aceitando uma proposta do fotógrafo Tom Kelly para fazer um ensaio nua, deitada em cima de um lençol vermelho. Ganhou só 50 dólares por isso e as fotos correram o mundo em um calendário. A loira pelada ficou famosa e tornou-se uma das maiores estrelas de Hollywood.
Na época não pegava bem para uma atriz de sucesso andar pelada em filmes ou fora deles. Marilyn alegava que fizera as fotos para o calendário porque precisava do dinheiro (cinquenta dólares?). Mas a partir de 1960 a francesa Brigitte Bardot começou a fazer cenas de sexo e nudez sem culpa e sem o castigo prometido pelo Nelson Rodrigues. No Brasil a primeira atriz a ficar nua em um filme foi a Ilka Soares. Ela era branquinha, de cabelos negros e fez o papel da índia Iracema. Acabou na televisão, apresentando programas. Outra pelada famosa do nosso cinema foi a Norma Bengell. Ela correu nua pela praia da Barra da Tijuca em uma cena do filme “Os Cafajestes”. Bengell lembra que esperava ganhar bem mais do que os 50 dólares da Marilyn. Ela receberia uma porcentagem dos lucros do filme. Mas o filme foi proibido pela censura e ela não ganhou nada.
Natalie Portman e Charlize Theron
Hoje em dia, em pleno século XXI, a nudez virou uma questão de marketing, sendo usada para promover as atrizes ou os filmes e novelas. “O cisne negro” deu um Oscar para a pequena Natalie Portman. Embora não apareça nua no filme ela posou nua para a foto publicitária aí ao lado, que foi usada como parte do material de divulgação. Ainda que não exista esta cena no filme. Outra que apareceu nua em fotos publicitárias foi a Charlize Theron, que se pintou de dourado no melhor estilo James Bond.
Moore
Demi Moore inaugurou a nudez anabolizada com o filme “Striptease”, que foi um fracasso no início dos anos de 1990. Mas o pôster foi um sucesso e correu o mundo. Novidade só a nudez virtual e cibernética da Angelina Jolie no desenho animado “A Lenda de Beowulf”. Jolie teve o corpo escaneado por um computador que usou os dados para criar a sereia do filme. Uma tecnologia que foi prevista pelo filme de ficção científica “Looker” nos anos de 1980.
É por isso que a senhora Paolla Oliveira pode ser a mais recente, mas não será a última pelada do cinema ou da TV. Com toda a tecnologia e os efeitos especiais a nudez, principalmente se for de uma atriz bonita, ainda é um recurso barato e garantido de chamar a atenção para um filme ou série de TV. E só deixará de ser usada se os islâmicos dominarem o mundo e colocarem a burca em todas elas.
2 comments
Não é de hoje que venho reparando o quão anguloso é o corpo das saxãs, que fica melhor quando tem alguma massa gordurosa do que quando esquálido. Curto mais a latinidade e sua descendência, suas formas mais suaves, torneadas e delicadas…
Parabens pelo novo formato do jornal
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