‘Desconectar’ mostra a performance, o rock e a paixão da banda Drenna

O tema dos prós e contras do mundo conectado e como tudo isso vem afetando a vida das pessoas, em especial, a dos jovens, foi o foco de inspiração na estreia em disco da banda carioca Drenna, com o álbum “Desconectar”. Pautada na realidade, em que os relacionamentos, o consumo e até o conhecimento se submetem ao mundo virtual, a banda abre essa reflexão na faixa-título, que pergunta: “Quanto custa desconectar?”.

Gravado no reverenciado estúdio Toca do Bandido, com produção musical de Felipe Rodarte e direção artística de Constança Scofield, o álbum reúne outras faixas de destaque como a emblemática “Alívio” e a visceral “Anônimo”. Já “Ela vai chamar sua atenção”, música que traz como tema o novo feminismo multifacetado tão em voga, detona a potência da voz feminina subjugada.

O álbum respira em seu miolo, nos mares calmos, mas não solares, de “Navego”, sexta faixa do disco, cujo rebuscamento da produção explora características inéditas até então no trabalho da banda.

Drenna buscou, na parceria com Rodarte, com que cada faixa fosse trabalhada visando criar “cenários” que se comunicassem de forma harmoniosa com as letras e melodias.

Não se trata de um álbum de apenas um gênero. Trata-se de um álbum trabalhado com muita verdade em todos os aspectos, no qual a banda se permitiu sair da sua zona de conforto e ir muito além.

A arte da capa mostra a tensão do homem que foi exposto à transformação do seu mundo cada vez mais dependente da tecnologia, com impacto na própria evolução da espécie humana de homo sapiens para homo sapiens cibernético.

A banda está na estrada desde 2009, liderada pela cantora e guitarrista Drenna. Desde então, palcos tradicionais da Cidade Maravilhosa como a Praça da Apoteose, Imperator e Teatro Rival testemunharam a entrega do grupo ao vivo.