Barra Mansa – De um Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Jornalismo do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM) à participação na EGBÉ – Mostra de Cinema Negro de Sergipe. Essa é a trajetória de Thiago Rocha, um jovem de 25 anos, morador de Barra Mansa, que produziu o documentário “Bicha Preta”, que aborda os aspectos socioculturais que auxiliam na marginalização da negritude, especificamente em relação ao indivíduo homossexual e contribui relatando a diversidade de expressões e lutas dentro de um mesmo movimento, trazendo à público novas reflexões e deixando marcado na história, vivências antes nunca documentadas.
O trabalho teve a orientação do professor Jefferson Chagas, a participação de Fabrício Júnior, Gabriel Sanpêra e Luanna de Oliveira, e a colaboração de Alexandre Pinheiro e Luciano Fonseca.
– O documentário traz à tona a realidade de afrohomossexuais que vêm sendo excluídos historicamente pela sociedade. Além de serem marginalizados por sua cor de pele no âmbito social, racial e de classe, esse grupo ainda carrega o estigma dentro do próprio meio LGBTTT e racial. Negros e gays são extremamente estereotipados, o que nos torna uma parcela não pertencente a nenhum grupo de relevância social. Assim sendo, o trabalho possui como tema as vivências e resistências de negros e LGBTTTs do Sul Fluminense, cujo produto final é a produção do videodocumentário “Bicha Preta” – conta Thiago.
Segundo ele o objetivo foi relatar e documentar histórias de modo que seja transformador para o espectador, além de dar voz e espaço para que negros gays possam se expressar livremente. “Propondo a correlação e crítica de duas formas de opressão social: homofobia e machismo”.
Para Thiago Rocha é importante documentar essas histórias de racismo e homofobia no Sul Fluminense para incentivar a discussão sobre como os negros homossexuais são vistos de maneira negativa e preconceituosa pela sociedade. “Esse trabalho possui, antes de tudo, uma função ético-social”.
– Outro aspecto apontado pelo documentário é a falta de representatividade do negro no desempenho de atividades de prestígio na sociedade, acima de tudo quando o sujeito, além de negro, é também homossexual, em um acúmulo de estigmas de duas das minorias mais discriminadas na sociedade brasileira – conta.
Thiago afirma que o documentário “Bicha Preta” mostra a importância em dar voz a esse recorte social dentro dos grupos de minoria racial e sexual no país, com o objetivo principal de fazer com que negros e gays dessem voz às suas próprias histórias, sendo agentes transformadores dentro e fora dos meios onde vivem.
– O relato dessas histórias sobre a afrohomossexualidade contribui, principalmente, para deixar documentado a diversidade de expressões e lutas dentro de um mesmo meio social, trazendo a público novas reflexões e deixando marcado na história, vivências antes nunca documentadas – fala.
Mostra em Sergipe
Sobre a EGBÉ – Mostra de Cinema Negro de Sergipe, Thiago conta que será a terceira edição do evento, que tem como principal objetivo abrir uma janela para esse cinema, para que o público sergipano tenha acesso a diversas produções de realizadores negros que vêm sendo produzidas dentro e fora do estado. “Soube da mostra através de uma amiga e me inscrevi no edital. Fiquei muito feliz em ter sido selecionado. Quero atingir um número grande de pessoas com meu filme, que trata de um assunto pouco tocado”, afirma Thiago, dizendo que a expectativa é grande.
– Meu documentário vai ser exibido no dia 13 de abril, no Centro Cultural de Aracaju. E no dia 7 de março, meu filme vai ser exibido também na primeira Mostra de Curtas do UBM, em parceria com o Instituto Dagaz, às 20h, na praça do UBM, aberto ao público – convida.
Serviço
O documentário ‘Bicha Preta’ pode ser conferido no link (https://www.youtube.com/watch?v=D6RTSy2aS-4).
4 comments
Mas, se chamar de bicha preta, não vai ser processado por racismo ?
GABRIEL, VOCE É ESQUERDISTA MESMO ( PREPOTENTE – ARROGANTE – NOJENTO ), TEM UMA PASSAGEM PARA VENEZUELA PARA VOCE.
afrohomossexualismo – não falta mais nada na esquerdalha
Escola tbm, cara. Vc mesmo não deve ter tido acesso
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