Game cria uma Via Láctea virtual

by Diário do Vale
Elite1

Parada: Naves reabastecem em estações espaciais
(Foto: Divulgação)

Uma viagem por uma galáxia virtual, modelada a partir das observações dos telescópios espaciais, é uma das atrações do jogo “Elite Dangerous”. Uma aventura espacial simulada que se passa no ano de 3.300, quando os seres humanos já desenvolveram naves capazes de cruzar a Via Láctea e enfrentam problemas com piratas e contrabandistas do espaço. O jogo é como as melhores aventuras espaciais do cinema com uma vantagem. Aqui o herói é você e você decide o que fazer e aonde quer ir.

Jogos sobre aventuras espaciais não são uma novidade no mundo dos games. Na década de 1990, no século passado, existiram vários jogos sobre viagens e aventuras espaciais. Os jogos eram feitos para rodar em computadores com processadores 486 e tinham que ser muito simples. Em 1994 a Microsoft lançou o Space Simulator que permitia pilotar vários tipos de espaçonaves e viajar até o centro da nossa galáxia, a Via Láctea. O problema com o Space Simulator era a baixa definição dos cenários. Se você chegasse muito perto de um planeta desconhecido ele virava um monte de pixels na tela.

Mesmo assim o Space Simulator foi uma inovação em relação aos jogos de combate espacial da década anterior. Ali o objetivo era explorar o universo e conhecer a vastidão da nossa galáxia. E a parte mais difícil do game era conseguir acoplar sua nave com uma estação espacial. “Elite Dangerous” lembra mais o “Protostar”, um game de 1993, da Tsunami Media. Protostar começou como um jogo de combate espacial, mas acabou virando um RPG virtual. O jogador assumia a identidade de um piloto espacial, recrutava uma tripulação e fazia contato com várias raças de navegadores espaciais.

Os gráficos eram muito simples, mas era mais divertido do que o Simulador Espacial da poderosa Microsoft. De lá para cá a computação gráfica e o universo dos games deram um verdadeiro salto quântico. Os games modernos são feitos para rodar em plataformas como o Xbox, dispõem de gráficos com o realismo de um filme de cinema e planetas modelados em todos os detalhes.

“Elite Dangerous” foi criado pela empresa Frontier Developments como um jogo de aventura espacial. Onde o jogador assume o comando de uma espaçonave do futuro e luta contra piratas e contrabandistas do espaço. Mas os criadores do jogo perceberam que muitos usuários deixaram de lado a parte de combates espaciais e saíam explorando a galáxia virtual. Por causa disso a empresa lançou uma expansão do jogo que permite pousar em planetas e luas e explorar suas superfícies.

O presidente da Frontier e um dos criadores do game foi entrevistado pelo site Space.com e falou sobre as maravilhas do novo universo virtual. “Tudo que temos no jogo é real. Temos 160 mil sistemas estelares tirados dos catálogos astronômicos. O resto foi criado usando algoritmos sofisticados. Procuramos fazer o jogo tão astronomicamente preciso quanto era possível. Consultamos pessoas para descrever como as constelações se pareceriam vistas de outros sistemas estelares. Assim, a medida em que o jogador se afasta da Terra as constelações que conhecemos se desmancham”, disse David Braben, presidente da Frontier.

Como o jogo se passa no ano de 3.300 o sistema de modelagem dos planetas levou em conta a mudança nos litorais do nosso planeta, provocada pela elevação do nível dos oceanos. Ainda dá para reconhecer que se trata da Terra, mas os continentes ficaram um pouco diferentes. Um desafio para os jogadores é visitar Sagitário A, o buraco negro gigante que fica no centro da Via Láctea. As naves do Elite Dangerous podem dar saltos no hiperespaço, mesmo assim a viagem até o centro da galáxia leva semanas e é preciso reabastecer a nave em várias estações espaciais. Mas a vista vale o esforço. EliteDangerous roda no Xbox.

Por Jorge Luiz Calife

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