Guia de leitura: A vida em uma Nova Iorque inundada

by Diário do Vale

O escritor americano Kim Stanley Robinson é conhecido do público por sua trilogia sobre a colonização de Marte. “Marte Vermelho”, “Marte Verde” e “Marte Azul” mostra como os seres humanos poderiam “terraformar” o planeta Marte. Tornando sua atmosfera respirável e enchendo de água os leitos atualmente secos dos rios e mares marcianos. Com uma preocupação constante com a ecologia, Robinson volta sua atenção para a Terra e as consequências do aquecimento global.
Em seu novo romance “New York 2140” ele imagina a vida na “grande maçã” depois que a elevação do nível dos mares transformou a cidade em uma Veneza futurista. Não é uma ideia longe da realidade, porque na semana passada o mundo assistiu a inundação da Veneza italiana por uma maré excepcionalmente alta. Que transformou a famosa praça de San Marcos em um grande lago, com peixes no lugar de pombos.
“New York 2140” está saindo no Brasil pela editora Planeta. A capa é bem ilustrativa com uma visão aérea da ilha de Manhattan invadida pelo mar. Como naquele filme “O Dia Depois de Amanhã” do Roland Emmerich. Felizmente, no livro do Robinson a temperatura não caiu congelando tudo e é possível andar de barco pela Broadway e a Quinta Avenida. Neste mundo os ricos se mudaram para a parte mais alta da cidade, em arranha-céus equipados com tecnologia anti inundação. O derretimento das calotas polares elevou o nível dos mares em 15 metros e a maior parte dos Estados Unidos foi invadida pelo mar. Com a população se refugiando nas montanhas Rochosas e outras regiões mais elevadas.
A cidade de Denver, no Colorado, tomou o lugar de Nova Iorque como centro financeiro e capital cultural do que restou dos Estados Unidos. Os personagens principais moram em um novo prédio chamado Torre Met Life e tentam sobreviver neste mundo pós-apocalíptico. Onde a ganância e as ambições humanas são as grandes vilãs da história. O resultado é um livro interessante e com um tema bem atual. Afinal, o aquecimento global já deixou de ser teoria há muito tempo e suas consequências estão aparecendo diariamente em todas as mídias.

 

Jorge Luiz Calife

 

Catástrofe: O que restou de Manhattan

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