II Feira Cultural LGBT+ acontece neste domingo em Volta Redonda

by Diário do Vale

Volta Redonda – Em sua segunda edição, a Feira Cultural LGBT+ ocorre neste domingo, dia 9, na Biblioteca Municipal Raul de Leoni, na Vila Santa Cecilia. O evento contará com cerca de nove horas de shows e performances artísticas de pessoas da região. O evento, realizado das 12h às 21h, é gratuito e faz parte do calendário de atividades rumo a 5º Parada do Orgulho LGBT+ de Volta Redonda.

Ao todo serão 15 tendas compostas por ONGs LGBT+ da região e parceiros da causa, além de tendas comerciais, com produtos dos mais variados segmentos – como moda, decoração e alimentação. A Feira também irá contar com exposições, artesanato, testagem rápida de HIV/Aids e oficinas de saúde, maquiagem e customização.

O evento que tem o apoio da prefeitura de Volta Redonda, através da secretaria municipal de Cultura e secretaria municipal de Ação Comunitária, é uma realização da ONG Volta Redonda Sem Homofobia, que presta atendimento ao público LGBT+ em toda região Sul Fluminense.

– A Feira Cultural LGBT+ é uma oportunidade de as outras instituições e artistas da cidade e região mostrarem um pouco do seu trabalho e ocupar espaços públicos levando cultura, sem esquecer da principal luta do movimento LGBT por igualdade e respeito. O evento é aberto para toda sociedade e nossa expectativa é que cerca de duas mil pessoas passem pela Feira – afirma o coordenador da ONG Volta Redonda Sem Homofobia, Natã Teixeira Amorim.

Banda Sabiá de Palha, Cris Lopes, Lucas Albino, OTtis Real, os grupos de dança Voguelest e Star Dance e as Drags Clara Crocodilo, Mika The Drag e Frida Rolet são algumas das atrações confirmadas.

Música: Cris Lopes se apresentará na Feira Cultural LGBT+ (Foto: Divulgação)

Música: Cris Lopes se apresentará na Feira Cultural LGBT+ (Foto: Divulgação)

 

Estado emite certificado com nome social de aluno LGBT

Após dois meses de curso de Produção Audiovisual, a declaração de conclusão apresenta o nome: Glauco Vital. Para os mais de dois mil alunos formados pelo programa Casa Futuro Agora, ter o nome escrito no documento é algo comum, mas, para o fotógrafo de 46 anos, é a comprovação de uma grande vitória: Glauco é transgênero e a declaração do curso foi o primeiro documento institucional com o seu nome social.

Com as logomarcas do RioSolidario, Ministério Público do Trabalho/RJ e Cedae, responsáveis pelo projeto, e da Cidadela, que oferece a capacitação, o certificado foi entregue no fim do mês de junho. A demora na entrega do documento foi porque o aluno se recusou a buscar a declaração, pois acreditou que estaria com o nome feminino, que consta em todos seus documentos. Glauco começou a usar nome social meses antes de ingressar no curso em 2016.

A iniciativa foi do RioSolidario e da Cidadela, após sugestão da própria equipe que trabalha na unidade de Sepetiba, onde Glauco fez o curso.

Acompanhado da esposa, o fotógrafo ficou muito emocionado ao receber o certificado. Em processo para adotar oficialmente o nome social, o certificado é o seu primeiro documento oficial.

– É o primeiro documento com o meu nome. Não consigo descrever o quanto é importante para mim. Esperei muito por este momento. Me sinto reconhecido perante a sociedade – disse Glauco.

O fotógrafo destacou que com o certificado poderá comprovar que tem capacitação profissional na área de Audiovisual.

– Agora poderei comprovar que fiz o curso, pois tenho um documento com meu nome. Vai ajudar nas minhas conquistas profissionais – afirmou o fotógrafo.

O respeito à diversidade foi a principal motivação para que o RioSolidario adotasse a iniciativa, segundo a diretora do RioSolidario, Liliana Pinelli.

– Não é apenas o reconhecimento da identidade, é uma demonstração de respeito. Como projeto social, temos que fomentar o respeito à diversidade e a garantia dos direitos civis a todos – enfatizou Liliana.

A responsável pela Cidadela, empresa que realiza o curso, Viviane Ayres, destacou a importância da iniciativa.

– Trabalhando na área Sociocultural, entendemos que a possibilidade de conquistar o direito de nos apresentarmos tal como somos é um grande avanço – disse a coordenadora.

Alegria: Estudante transgênero recebeu o seu primeiro documento institucional (Foto: André Gomes de Melo)

Alegria: Estudante transgênero recebeu o seu primeiro documento institucional (Foto: André Gomes de Melo)

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