Já começou o 20º Festival de Teatro Arte em Cena

Por Diário do Vale

Volta Redonda – Teatro para todos os gostos e todas as idades! Já começou em Volta Redonda o 20º Festival de Teatro Arte em Cena. As apresentações começaram dia 14 e seguem até dia 28 de novembro no Teatro Gacemss 1, na Vila Santa Cecília.
Segundo a diretora da companhia, Stael de Oliveira, a escolha por homenagear os autores brasileiros veio da comemoração dos 30 anos de Arte em Cena.
– Já tinha feito um festival todo de Shakespeare, “O Shakespeare em Cena” em 2015, e foi inesquecível, então, surgiu a ideia de achar um assunto que pudesse ligar as peças em um único tema e, com isso, celebrar as três décadas de Arte em Cena. Resolvemos trazer neste festival o universo dos autores brasileiros para brindar todo nosso respeito e toda nossa gratidão a esses pioneiros da literatura que contam nossas histórias através da arte. E nós agradecemos tirando-as do papel e transformando-as em teatro – diz.
Stael conta que sempre escreveu poemas na adolescência e sentia uma fascinação em se expressar através da escrita. “Para mim a dramaturgia é uma arte que poucos têm acesso e poder apresentá-la aos alunos no curso de teatro é como uma missão”.
Ao todo serão apresentadas 12 peças no Teatro Gacemss 1 contemplando o 20º Festival de Teatro Arte em Cena, e quatro peças no Teatro Gacemss 2 contemplando o 4º Festival de Teatro Arte em Ceninha (que será realizado em dezembro), todas as peças homenageando os autores nacionais.
– Nossa expectativa é envolver Volta Redonda e região nesta grande festa e que possamos ilustrar, encenar e teatralizar as histórias criadas pelos autores brasileiros, incentivando a leitura e valorizando nossas memórias. Literalmente fazer os livros ganharem vida, para poder dialogar com nosso público e com o contexto atual que vivemos. Desta forma vamos celebrar nossos 30 anos em grande estilo, promovendo o encontro das antigas gerações com a “geração Y”, que compõe a Cia atualmente – fala.
Alunos entre cinco e 75 anos participarão nos palcos do Arte em Cena, que se destaca pela diversidade. As turmas são divididas de acordo com a faixa etária e, com isso, são trabalhadas turmas infantis, adolescentes e adultas.
– Além da temática, outra novidade deste festival é a oportunidade de participar com a peça teatral “Pecados Pessoais”, com direção teatral minha e autoria minha e de Nei Rafael, classificada entre as Melhores do Ano no “41º Festival Paschoalino 2019” da Federação de Teatro do Estado do Rio de Janeiro (FETAERJ) e também entre as melhores do Brasil no “16º Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias” – diz Stael.
Além dos quase 200 atores/alunos e suas famílias, o Arte em Cena sempre contou com a participação de seus ex-alunos que retornam ao Arte em Cena como profissionais para integrar a ficha técnica do festival. “Este ano por estarmos completando 30 anos, contamos com a colaboração de muitos. Devemos ter uns 250 envolvidos no evento”.

‘Geração Y – Confissões de Adolescente’ será apresentada dia 17 de novembro

‘De casa’

Stael de Oliveira sempre faz questão de mencionar o talento de Nei Rafael, que era aluno do Arte em Cena e hoje compõe a equipe. “Ele é um desses gênios que tão novo já traz a dramaturgia como forma de vida. Escreve com a facilidade com que fala. E saber que foi despertado no Arte em Cena é um uma honra para mim, que o tenho como integrante da minha equipe, dividindo comigo as turmas de teatro”.
– Por ter em minha metodologia a dramaturgia e trabalhar os alunos para este despertar, tenho grande prazer em incentivar os alunos a escreverem e, por vezes, surpreendo-me com alguns resultados. Através desta metodologia o Arte em Cena despertou novos atores, diretores, cenógrafos, iluminadores, figurinistas, maquiadores autores, produtores. Ao homenagear os autores brasileiros, estamos homenageando nossa cultura, nossa literatura e os nossos novos autores. Fazer um festival de autores brasileiros é também homenagear aos autores do Arte em Cena – afirma a diretora.

Autorais

Ela explica que praticamente todas as peças são autorais, o que é muito difícil, pois as pessoas encontram muita dificuldade em colocar suas ideias no papel.
– Eu escrevo desde menina e comecei muito nova. Primeiro com poesias, depois contos, peças teatrais, artigos, e hoje não sei viver sem escrever. Nei Rafael começou a escrever ainda menino, no Arte em Cena, sendo desafiado no curso de teatro a escrever cenas e hoje se tornou um grande escritor. Igor Andrade também se descobriu no curso Arte em Cena, escreve comigo e individualmente. Hoje se encontra em Portugal pela UniRio, estudando Artes Cênicas. Milena Barbosa, Isabela Oliveira também descobriram sua facilidade de escrever no curso Arte em Cena e estão dando frutos não só na autoria, como também na direção. Este ano mais alunas foram despertadas e escreveram cenas que foram aproveitadas para a peça que participam: Malú Venga em “Geração Y – Confissões de Adolescentes” e Clarice Cavalcante na peça “No Mundo dos Autores Brasileiros” – conta Stael, orgulhosa de seus alunos.
E a grande estrela deste ano como escritora é uma aluna de nove anos, a Larissa Tavares, da turma do Nei Rafael, que chegou com um texto pronto “Em Busca de Um Sonho” e o mesmo está sendo encenado pela turma que ela participa e será apresentado no Arte em Ceninha.
– A Companhia de Teatro Arte em Cena gostaria de agradecer a toda equipe do Gacemss, que direta ou indiretamente faz parte do processo de realização do 20º Festival de Teatro Arte em Cena, como em todos os 20 anos que estamos ocupando este espaço com tanto respeito – finaliza Stael.

Programação do 20º Festival de Teatro Arte em Cena

15/11 às 20h – Casamento de Veríssimo
16/11 às 20h – Pecados Pessoais
17/11 às 20h – Geração Y – Confissões de Adolescente
18/11 às 20h – No Mundo dos Autores Brasileiros
19/11 às 20h – Capitães da Areia
20/11 às 20h – O Beijo
21/11 às 20h – O Mistério do Livro não Lido
22/11 às 20h – O Amor de Suassuna
25/11 às 20h – Fala Sério
26/11 às 20h – Cala Boca
28/11 às 20h – Esculpindo Machado

**Os ingressos custam R$ 20

Ficha Técnica:

Autoria: Stael de Oliveira, Nei Rafael e Igor Andrade
Direção Teatral: Stael de Oliveira, Nei Rafael, Isabela Oliveira
Montagem: Stael de Oliveira, Nei Rafael, Isabela Oliveira
Cenografia: Tom Medeiros
Figurino: Isabel Passos, Paula Monteiro, Thales Ferreira Tom Medeiros
Iluminação: Nei Rafael e Lucas Guimarães
Sonoplastia: Igor Andrade
Trilha Sonora: Guga e Martchê – Amplexos
Operação de Som: Caio César Gonçalves, Marcela Vieira
Preparação Corporal: Associação de Capoeira Filhos de Mestra Cigana – Grupo de Capoeira Mestra Arara
Produção: Isabela de Oliveira, Milena Barbosa, Marcela Vieira, Beatriz Bastos, Ítalo Cardoso, Douglas Parreira
Maquiagem: Bia Bastos, Matheus Marins
Fotografia: Violeta Fotografias
Filmagem: Cena4
Equipe de Marketing: Bianca Borges
Designer Gráfico: Ícaro Chagas
Direção Geral: Stael de Oliveira

Peça ‘Casamento de Veríssimo’ será apresentada nesta sexta-feira (Foto: Divulgação)

 

Sinopses

“CASAMENTO DE VERÍSSIMO”
Partindo do texto “O Casamento de Luiz Fernando Veríssimo” e adaptando outros textos do autor, temos uma peça teatral divertida e irreverente, que fala do relacionamento humano e suas diversas complicações. O amor sempre foi a chave de tudo… Mas se ele é impontual e imprevisível, não adianta, as pessoas são impaciente e sempre serão.

“PECADOS PESSOAIS”
Em meio a inúmeras reflexões pessoais, torna-se necessário refletir sobre nossas atitudes em relação ao mundo em que vivemos, abrindo novamente a “Caixa de Pandora”. Mergulhados em nossos próprios pecados, vemos a imagem mais profunda de nós mesmos, escondendo nossos defeitos para julgar o outro, sem perceber que estamos nos afogando no lago do egoísmo. No sono de Narciso. Emergir ou se afogar. Eis a questão? Qual será nosso maior pecado?

“GERAÇÃO Y – CONFISSÕES DE ADOLESCENTE”
Eu confesso que menti… Eu confesso que errei… Eu confesso que ofendi…
Planejo… Repenso… Reformulo… E me arrependi. São tantas confissões, tantos segredos, tantos sentimentos, tantas angústias que guardamos dentro de nós… Em quem confiar? Com quem confidenciar? Assumir, confessar, admitir… É difícil confessar algo a nós mesmos, quanto mais a outras pessoas. Nós adolescentes, sempre cheios de mistérios e incertezas temos muitas confissões a fazer e muitas vezes precisamos apenas de alguém para nos ouvir e nos aconselhar.

“NO MUNDO DOS AUTORES BRASILEIROS”
O Sítio do Pica-Pau Amarelo já não é mais o mesmo, quase 100 anos se passaram após sua criação e muita coisa inquieta a todos. Inclusive à Emília, a boneca mais famosa do Brasil. Como sempre, está cheia de caraminholas na sua cabecinha de retalho, querendo corrigir tudo e todos. Mas, desta vez ela foi longe demais e acabou colocando toda a turma numa grande enrascada. Os netos de Dona Benta tiveram que apelar para ajuda do Maurício de Souza, do Ziraldo e até Castelo Rá-Tim-Bum. O que vai resultar dessa nova aventura?

“CAPITÃES DA AREIA”
Sob a lua num velho trapiche abandonado, as crianças dormem. Pedro Bala, Professor, Gato, Pirulito e Sem Perna. Crianças fortes, crianças sozinhas, crianças guerreiras, que neste velho trapiche vivem suas aventuras, enfrentam a vida, sofrem e vencem. Sob a lua, num velho trapiche abandonado as crianças crescem. Seus donos, os donos da cidade. Os donos da ocasião. Os “Capitães da Areia” branca a seguir sem fim.

“O BEIJO”
Seu único crime foi o beijo… Somente o beijo? O beijo criminoso, no preconceito dos torturadores e pela hipocrisia da sociedade. A partir da obra “O beijo no asfalto” de Nelson Rodrigues, nos escandalizaremos com o desenrolar dos acontecimentos provocados pelo fatal e inocente beijo.

“O MISTÉRIO DO LIVRO NÃO LIDO”
Em mais um dia como tantos outros, onde mais uma vez, os alunos não fizeram a tarefa de casa. Um mistério paira no ar… O que será que aconteceu com o professor Elias? Um acidente? Um crime? Um assassinato? Cabe aos alunos, retomarem todos os acontecimentos e descobrirem a verdade. Mas, para isso, terão que ler o livro da tarefa da última aula. Esse suspense cômico é uma homenagem ao grande escritor Pedro Bandeiras e um incentivo à leitura. Onde os alunos dessa escola terão como exemplo os memoráveis “karas” e descobrirão como pode ser divertido ler.

“O AMOR DE SUASSUNA”
De que se trata essa história? Uma história de drama? Ou quem sabe, uma história de horrores jamais vistos por essas bandas? Talvez, uma comédia, em que todos riam até não aguentar mais. “O amor de Suassuna” mistura vida e obra desse autor consagrado, que se torna o personagem principal da trama. Propondo uma visita aos personagens e ao universo criado por Ariano Suassuna, esse espetáculo pretende se tornar, para ao nosso respeitável público, uma grande história de amor.

“FALA SÉRIO”
Malu é mais uma adolescente vivendo uma montanha russa de sentimentos com seus medos, suas inseguranças e suas incertezas. Entre brigas, amores, choros e risadas ela se divide em várias. Ela se perde em suas próprias emoções, em seus próprios sentimentos, em seus próprios pensamentos e se depara com novas responsabilidades. Chegou a hora de Malu assumir o controle dessa montanha russa e crescer!
Baseada nas crônicas escritas por Thalita Rebouças, a história de Maria de Lourdes vem mostrar que ninguém explica como amadurecer, mas tem sempre alguém dizendo o que se precisa fazer… Fala Sério!

“CALA BOCA”
Um reizinho mandão, que no fundo era um menino mimado. Cheio de decretos e proibições, só sua vontade importava. De tanto tentar calar o seu povo, de tanto proibir que falassem, acaba ficando sozinho e sem quem o escutasse!
Convidamos a todos a conhecer essa corte, que sofre as censuras de um rei que ainda não aprendeu a reinar. Baseado no argumento de Ruth Rocha, essa obra acaba se relacionando com os momentos que vivemos hoje em dia e a importância de podermos expressar nossas ideias e opiniões.

“ESCULPINDO MACHADO”
Esculpir Machado de Assis?
Sim, para definir uma das personagens mais instigantes da literatura brasileira. Maria Capitolina Santiago. Capitu!
Quem é Capitu? Quem é a dona dos olhos de cigana oblíqua e dissimulada? A mulher dos olhos de ressaca. Olhos que o diabo lhe deu!
Uma mulher julgada, culpada, incriminada, como tantas… Como muitas… Condenadas por um Casmurro… Por Dom Casmurro!
Mas a Capitu de hoje grita pelo seu direito de defesa, não se cala, e nem vai se calar. Não se enquadra. A Capitu de hoje é única e singular. E não vai deixar ninguém escrever sua história.

Fotos: Divulgação

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